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Índice PLACAR/Itaú BBA: Corinthians vive crise similar a do Cruzeiro

A nota do alvinegro coloca o clube na lanterna, junto à Raposa e ao São Paulo, do ranking de qualidade da gestão esportiva do futebol brasileiro

Não é exagero comparar a situação calamitosa das finanças do Corinthians com o drama vivido pelo Cruzeiro, clube rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado e afundado em dívidas (fora as investigações criminais sobre a atuação das últimas administrações). É o que mostra o recém-lançado Índice PLACAR/Itaú BBA de Gestão Esportiva, publicado na edição de junho de PLACAR, nas bancas de todo país.

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O clube alvinegro do Parque São Jorge ficou na lanterna do Índice, com 11 pontos negativos, mesma nota da Raposa e do rival São Paulo. A iniciativa de PLACAR, elaborada em parceria com o economista César Grafietti, cria uma nova métrica para aferir a qualidade do trabalho dos principais cartolas no país. Para entender como o economista calculou a nota de cada clube, clique aqui.

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A dívida do clube chegou à casa dos 650 milhões de reais no último balanço divulgado, e que usa dados de 2019. Grafietti explica que o principal fator responsável pela crise corintiana é o comportamento dos cartolas. Apesar dos ganhos altos com a venda dos direitos de transmissão, o Timão tem despesas anuais muito maiores do que suas receitas.

“É um clube que, pela força, tem que disputar títulos todo ano, então o dirigente passa do limite e gasta mais do que pode. Tem que ser campeão naquele período, ou sai no ostracismo”, examina o economista. “O Corinthians é um caldeirão e falta estabilidade para fazer com que as receitas e os custos caminhem de forma equilibrada. Talvez tenha que dar três passos para trás, e passar três ou quatro anos arrumando a casa, para poder brigar no nível de Flamengo e Palmeiras”, conclui.

Um dos fatores que oneram em demasia o Corinthians é o valor pago nas comissões aos agentes pelas novas contratações, um dos maiores praticados no futebol brasileiro. “Apesar de ter o maior contrato de TV e ter melhorado a receita de publicidade, ainda é um clube que gasta demais e investe muito. É um dos que mais paga valor pra agente, comissão, um dos que mais contrata. Ano passado fez muita contratação. Gasta muito e de forma ineficiente”, diz Grafietti.

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Outro ponto importante da análise mostra como a sede social e o estádio são os dois ralos de dinheiro no Corinthians. Somadas, as estruturas representam déficit anual de 100 milhões de reais. “A partir de 2015, o clube perdeu a bilheteria para pagar a dívida do estádio, que não tem valores públicos e não conseguimos saber como está sendo feita. O valor já chegou em torno dos 60 milhões de reais por ano. Quando o campo não ajuda, a renda diminui – ano passado foi de 38 milhões. O clube social custa entre 40 e 45 milhões. O futebol tem que pagar a conta”, explica Grafietti.

A edição de junho de PLACAR, com o ranking completo do Índice, está nas bancas desde a última sexta-feira 19 e também está disponível no app para iOS e Android. A novidade visa ajudar na interpretação dos balanços dos principais times do Brasil. Todas as sextas-feiras, PLACAR irá divulgar os resultados e a análise de cada um dos times. As duas primeiras avaliações publicadas foram a do Flamengo, o líder do Índice, e a do Cruzeiro.

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