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Incêndio no Flamengo: indenização às vítimas será negociada caso a caso

A afirmação foi do presidente do clube, Rodolfo Landim. Ele também disse que os valores serão o dobro em relação ao verificado em casos semelhantes 

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou neste domingo que a posição do Flamengo é por negociar os valores de indenização das vítimas do acidente ocorrido com os jogadores caso a caso, conforme a necessidade de cada família, em vez de firmar um acordo igual para todas elas.

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Landim disse também que a intenção do clube de futebol é indenizar as famílias dos dez adolescentes mortos no incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube, com valores na casa do dobro em relação ao verificado na jurisprudência de casos semelhantes.

O dirigente não citou valores, mas deu a entender que a jurisprudência nessas situações registra valores abaixo o pedido em negociação com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho.

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“O Flamengo está sempre empenhado a chegar a um acordo o mais rápido possível com essas famílias”, afirmou Landim, em entrevista coletiva na tarde deste domingo, na sede do Flamengo, na Gávea, zona sul do Rio.

O incêndio, ocorrido no último dia 8, atingiu um contêiner usado como alojamento das categorias de base do futebol, no centro de treinamento localizado na zona oeste do Rio. Ao longo da semana, algumas famílias de vítimas demonstraram descontentamento com a postura dos dirigentes do Flamengo e com os valores inicialmente oferecidos pelo clube.

]Após uma reunião de conciliação entre famílias, autoridades e representantes do Flamengo, na última terça-feira, a procuradora Danielle Cramer, do MPT-RJ, havia informado que o clube ofereceu de R$ 300 mil a R$ 400 mil por família, enquanto as autoridades sugeriram R$ 2 milhões para cada.

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Landim e um advogado contratado pelo Flamengo alegaram preocupações com a privacidade e a segurança das famílias para manter valores sob sigilo. Segundo o dirigente, os valores citados nas negociações seriam “um piso”. Os casos usados como referência na jurisprudência “são situações mais próximas, casos de crianças sob a guarda de empresa ou de alguém” e não o incêndio na boate Kiss, no Rio Grande do Sul, não seria um deles, completou Landim.

O presidente do Flamengo disse ainda que algumas das famílias que relataram descontentamento com a negociação estavam sob orientação de advogados particulares, enquanto o clube tem orientado os familiares a recorrerem à Defensoria. Landim frisou também que a posição do Flamengo é por negociar os valores de indenização caso a caso, conforme a necessidade de cada família, em vez de firmar um acordo igual para todas elas.

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