Ídolo francês defende Neymar: ‘Precisa de carinho da torcida’
Autor de gol da França na final da Copa de 1998, Emannuel Petit ficou do lado do brasileiro em discussão sobre penalidade e vaias dos fãs do PSG
Neymar ganhou um defensor de peso no debate sobre as vaias que recebeu da torcida do Paris Saint-Germain na última quarta-feira, ao não ceder uma penalidade a Edinson Cavani. O ex-jogador Emannuel Petit, lembrado no Brasil por ter marcado o terceiro gol da França contra a seleção brasileira na final da Copa de 1998, disse que o tratamento dos torcedores foi injusto e podem provocar uma saída precoce do jogador do clube francês.
Petit, de 47 anos, considerou “um pequeno erro” do brasileiro, que já havia marcado três gols, não ter dado a bola a Cavani, que está a um gol de se tornar, de forma isolada, o maior artilheiro da história do PSG. Mas ressaltou sua excelente atuação (quatro gols e duas assistências) e o fato de ele ser o cobrador oficial de pênaltis.
“Podemos culpá-lo por uma atitude pessoal, sabendo que ele está em busca da Bola de Ouro, sabendo de todo o trabalho que ele faz para seus companheiros de equipe? Nós o vimos novamente neste jogo: ele é solidário e individualista ao mesmo tempo, não podemos culpá-lo por querer cobrar um pênalti se ele é o cobrador”, afirmou Petir à rádio RMC.
O ex-jogador com passagem por Arsenal e Barcelona afirmou que as vaias da torcida podem fazer Neymar repensar sua passagem pela França. “Preste atenção, conhecendo o ego desse tipo de jogador estratosférico, com tanta personalidade, se você quiser que ele entre na linha, você irá contra seu DNA. E pior ainda: se esse tipo de menino, que precisa do carinho do público para colocar para fora todo o seu talento, começa a sentir um clima ruim com o público, pode simplesmente ir embora, e todos estaremos chorando. “
Petit rasgou elogios a Neymar e sua influência nas boas atuações do PSG. “Neymar elevou o PSG à outra dimensão e, desde sua chegada, o Campeonato Francês se iluminou com suas aulas de futebol em todos os jogos. É um menino que nos emociona cada vez que ele toca a bola. Ele é um jogador estratosférico e com grande personalidade”, afirmou Petit.