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Ginasta Aly Raisman diz que esporte está podre por dentro

A medalhista americana pede investigação da federação americana de ginástica por casos de abuso sexual

A ginasta americana Aly Raisman, 23, dona de seis medalhas olímpicas, sendo três de ouro, criticou membros da federação americana de ginástica (USA Gymnastics) na última sexta-feira (19) por falhar em proteger ela e outras mulheres de anos de abuso sexual pelo ex-médico da entidade Larry Nassar, dizendo que o órgão está “podre por dentro”.

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Raisman, co-capitã do time de ginástica artística dos EUA que disputou os Jogos Olímpicos do Rio-2016 e Londres-2012, foi uma das primeiras atletas a denunciar o caso. Ela e outras colegas testemunharam nesta semana em audiência contra Nassar, na corte do condado de Ingham, em Michigan.

Ela pediu que a federação americana e oficiais do comitê olímpico fossem alvos de uma investigação independente. No pedido para uma investigação independente, Raisman disse ter ficado consternada pela federação americana ter oferecido apenas “promessas vazias” quando o escândalo foi revelado.

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Nassar, que era o coordenador médico nacional da federação de ginástica dos EUA, se declarou culpado de dez acusações de abuso sexual em primeiro grau em novembro do ano passado.

Raisman requisitou à recém-empossada CEO da federação, Kerry Perry, que atenda ao coro de demandas por maior responsabilização dos envolvidos.

Durante os 15 minutos em que leu o seu pronunciamento, no quarto dia de audiências na corte de Michigan, Raisman olhava para o antigo médico da equipe e disse desafiadoramente a Nassar que suas vítimas não estavam mais sozinhas e fracas.

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“Nós temos nossa voz e não vamos ser caladas”, disse. “Eu não sou mais aquela garotinha que você conheceu na Austrália, que você começou a acariciar e manipular.”

Procuradores pediram por uma sentença entre 40 e 125 anos de prisão para Nassar, 54. A punição se somaria à condenação de 60 anos que ele cumpre atualmente em uma prisão federal por possuir pornografia infantil.

Com a expectativa de que cerca de 120 vítimas –mais do que o esperado inicialmente– deem seu depoimento na audiência, a sentença de Nassar foi adiada para o início da próxima semana.

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