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Genialidade ou audácia? O dia em que Mourinho se enfiou em um carrinho de roupa suja para comandar o Chelsea

O "Caso do Carrinho de Roupa Suja" é uma das histórias mais engraçadas e audaciosas de Mourinho. Veja como ele burlou as punições da UEFA.

Em fevereiro de 2005, após uma vitória conturbada do Chelsea sobre o Barcelona nas oitavas da Liga dos Campeões, José Mourinho foi punido com duas partidas de suspensão pela UEFA. O motivo? Declarações inflamadas sobre o árbitro Anders Frisk e o técnico Frank Rijkaard, que ele acusou de conversas indevidas no vestiário (UOL Esporte, 2019).

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A punição o proibia de estar no estádio, no banco de reservas ou até mesmo de se comunicar com a equipe durante o jogo contra o Bayern de Munique, nas quartas de final. Para Mourinho, porém, regras eram apenas um obstáculo a ser superado.

Genialidade ou audácia? O dia em que Mourinho se enfiou em um carrinho de roupa suja para comandar o Chelsea
Mourinho – E/EPA/ERDEM SAHIN

A estratégia inusitada

Determinado a comandar o Chelsea mesmo suspenso, Mourinho arquitetou um plano digno de filmes de espionagem. No dia do jogo em Stamford Bridge, ele entrou escondido no estádio dentro de um carrinho de roupa suja, usado para transportar uniformes dos jogadores. O objetivo era evitar a vigilância dos oficiais da UEFA, que patrulhavam o local para garantir o cumprimento da suspensão.

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Segundo relatos do Estadão, o técnico passou o primeiro tempo assistindo ao jogo em uma televisão nos vestiários, enquanto enviava instruções por rádio para seu assistente, Baltemar Brito. A comunicação era discreta, mas eficiente: Mourinho analisava cada jogada e ajustava a tática em tempo real.

A execução do plano

O momento mais crítico ocorreu quando oficiais da UEFA inspecionaram os vestiários durante o intervalo. Mourinho, ainda escondido no carrinho, precisou ficar imóvel para não ser descoberto. Enquanto isso, Rui Faria, preparador físico do time, fazia viagens suspeitas entre o vestiário e o banco de reservas, possivelmente carregando mensagens do técnico.

A estratégia funcionou. O Chelsea venceu o Bayern de Munique por 4-2, garantindo a classificação para as semifinais. A UEFA desconfiou da movimentação, mas sem provas concretas, Mourinho escapou de novas punições.

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“Foi difícil, mas necessário”

Anos depois, o técnico revelou detalhes cômicos e tensos do episódio. Em entrevista ao UOL Esporte, ele brincou:

“Quando ele [roupeiro]
estava me levando para fora do vestiário, os funcionários da Uefa
estavam seguindo e desesperados para me encontrar, então ele fechou a
caixa e eu não conseguia respirar. Quando ele abriu a caixa eu estava
morrendo”… – Veja mais em
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/01/20/mourinho-suspenso-cesta-de-roupas.htm?cmpid=copiaecola
“Quando ele [roupeiro] estava me levando para fora do vestiário, os funcionários da Uefa estavam seguindo e desesperados para me encontrar, então ele fechou a caixa e eu não conseguia respirar. Quando ele abriu a caixa eu estava morrendo”

O episódio ilustra não apenas sua genialidade tática, mas também seu compromisso em desafiar limites pelo sucesso do time. Para Mourinho, a lealdade aos jogadores e a paixão pelo jogo justificavam até mesmo as manobras mais absurdas.

O legado da história

Mais do que uma anedota, o “Caso do Carrinho de Roupa Suja” sintetiza a essência de Mourinho:

  • Criatividade sob pressão: Transformou uma restrição em oportunidade.
  • Lealdade à equipe: Arriscou sua reputação para apoiar os jogadores.
  • Desafio às autoridades: Questionou regras que considerava injustas.

O episódio também levantou debates sobre o rigor das punições da UEFA e os limites que os técnicos estão dispostos a ultrapassar para influenciar jogos.

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