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Ganso ressurge em título do Fluminense e vira esperança para 2022

Meio-campista ainda encanta muitos fãs, foi exaltado por atuação na final contra o Flamengo e viu comparação com Arrascaeta tomar as redes

Campeão carioca com o Fluminense, Paulo Henrique Ganso, uma das grandes promessas do futebol na década passada, é um destaque do ano no país. Meio-campista clássico, de passe refinado e boa leitura de jogo, ainda encanta muitos fãs. E depois de boa apresentação contra o Flamengo, na decisiva do estadual, foi comparado com o uruguaio Arrascaeta, ídolo do rival. Sem muita continuidade em razão de problemas físicos e às vezes visto como lento, a relevância na temporada pode ser o ressurgimento de um jogador com qualidade técnica inegável.

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Quando Ganso estreou profissionalmente, em 2008, pelo Santos, não foi possível cravar nada. Mas um ano depois, já ao lado de Neymar, hoje no Paris Saint-Germain e entre os melhores jogadores do mundo, o meia encantou. Canhoto, armador e dono de uma visão de jogo invejável, o “menino da Vila” resgatou e acalentou o saudosismo do brasileiro. Diziam que era craque, gênio, maestro e o último camisa 10.

Mas sobre isso, o que resta é apenas a memória e algumas situações hipotéticas. Graves lesões no joelho prejudicaram o desenvolvimento do atleta, e a esperança brasileira de ver um craque desfilando passes em profundidade e assistências ao redor do mundo foi minguando.

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O jogador saiu do Santos, passou pelo São Paulo (local onde teve sequência e boas atuações), chegou a ir para Sevilla, da Espanha, e Amiens, da França, antes de voltar do continente europeu para jogar no Fluminense. Chegou às Laranjeiras em 2019, idolatrado pela torcida, mas dificuldades em se manter bem fisicamente e se encaixar em times mais intensos sabotaram a continuidade. O 2022, porém, começou diferente.

Já aos 32 anos, o camisa 10 não é titular absoluto do Fluminense de Abel Braga, mas a campanha do título estadual passa muito pelo pé esquerdo de Paulo Henrique. Foram nove jogos, com uma média de 30,78 passes realizados por partida (92,64% de acerto), três assistências e 14 passes para finalização, segundo o site Footstats. A importância do atleta na dinâmica ofensiva e para manter a bola é evidente.

A final contra o Flamengo foi o auge do jogador no campeonato, e as redes sociais reconheceram. “Maestro”, “Craque” e “Gênio”, escreveram os fãs no Twitter, encantados com o meia. Vídeos compilando passes do jogador também viralizaram e resgataram aquele otimismo com a ex-promessa.

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Também nas redes sociais, foi a vez de uma espécie de desabafo feito por Giovanna Costi, esposa de Ganso. “TUDO VALEU A PENA! VALEU A PENA ESTAR AQUI! E quando digo TUDO, me refiro à noite de ontem (que quase bati o carro na estrada vindo para o RJ, numa aquaplanagem), me refiro a todas as dificuldades, injustiças, rótulos e críticas dos últimos anos, que só Deus sabe o que passamos… Valeu a pena vir para o Fluminense! Valeu a pena não desistir, não jogar a toalha. Valeu a pena ser essa pessoa íntegra, honesta e humilde. Valeu a pena cada noite mal dormida, cada sapo engolido. Você é GÊNIO! Você é CRAQUE… (já dizia seu sogro né?).”

Visto que Ganso encantou na final contra o Flamengo, maior rival do Fluminense, as brincadeiras e provocações começaram. Em um restaurante da Barra da Tijuca, durante comemoração do título com funcionários, jogadores e familiares, uma canção provocativa a Arrascaeta, ídolo flamenguista, foi entoada: “Boi, boi, boi, boi da cara preta, Paulo Henrique Ganso joga mais que Arrascaeta”. A música tomou as redes sociais de tricolores e rubro-negros.

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