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Filme publicitário exalta a volta do esporte e igualdade de gênero

Com participação de Megan Rapinoe e LeBron James, a americana Nike lançou campanha com foco no exemplo que seus astros representam para a sociedade

Conhecida por suas campanhas megalomaníacas, a empresa de artigos esportivos Nike aproveitou a volta da NBA nesta quinta-feira 30 para lançar uma nova peça publicitária, cuja principal mensagem é o pedido de igualdade racial e de gênero. Com participação de LeBron James, do Los Angeles Lakers, e de Megan Rapinoe, atual melhor jogadora de futebol do mundo, o filme exalta a representatividade do esporte na luta contra a desigualdade.

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Dividindo a tela ao meio, a edição une imagens de atletas de diferentes esportes – o único atleta do Brasil é a skatista Letícia Bufoni – como se fizessem parte da mesma cena. O texto narrado por Rapinoe, uma das principais vozes pela igualdade de oportunidade entre os gêneros, tem o objetivo claro de usar o esporte como fonte de inspiração em tempos difíceis como os atuais.

“Nunca estamos sozinhos e esta é nossa força, porque quando duvidam de nós, jogamos como um só. Se não nos levam a sério, provamos que estão errados. Se não nos encaixamos no esporte, mudamos o esporte. Sabemos que as coisas nem sempre acontecem como gostaríamos, mas sempre daremos um jeito. Quando as coisas não forem justas, nos juntaremos pela mudança. Não importa o quão difícil pareça, sempre voltaremos mais fortes, porque nada pode parar o que podemos fazer juntos”, diz Rapinoe na peça.

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Embora seja um filme patrocinado por uma marca (que, inclusive, tem envolvimento em casos ruidosos de doping e de discriminação de gênero), ele encampa a onda de protestos contra a brutalidade policial contra negros nos Estados Unidos. Neste tema, a Nike já havia se posicionado firmemente no ano passado, quando apoiou o quarterback Colin Kaepernick, que ficou desempregado após se ajoelhar durante o hino nacional na NFL, um dos primeiros a se manifestar em público contra esse tipo de violência racial.

A empresa americana, aliás, coloca pela primeira vez seus atletas como responsáveis diretos pelo exemplo dado à sociedade. No passado, a marca já sofreu críticas pelo comportamento reprovável de algumas de suas estrelas. Em uma era pré-cancelamentos virtuais, a Nike conseguiu driblar as polêmicas envolvendo o ex-ciclista americano Lance Armstrong, desmascarado como um grande trapaceiro, e o ex-velocista sul-africano Oscar Pistorius, o primeiro biamputado a participar de uma edição de Jogos Olímpicos e que foi condenado a 15 anos de prisão por matar a namorada a tiros.

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Os dois foram estrelas do filme Courage (assista à peça abaixo), lançado às vésperas da Olimpíada de Pequim, em 2008. Depois de caírem em desgraça, a Nike rompeu os contratos de publicidade que mantinha com os dois atletas. Um atleta que, mesmo depois de ser flagrado em comportamentos moralmente questionáveis, conseguiu manter seu principal patrocinador foi o golfista Tiger Woods. Mesmo após a revelação de uma série de casos extraconjugais e direção embriagada, a empresa americana manteve sua relação profissional com Woods, que deu a volta por cima recentemente.

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