Fifa multa e tira público de 2 jogos da Hungria após atos racistas
Seleção foi punida por manifestações de torcedores na derrota por 4 a 0 para a Inglaterra, no último dia 2, e terá que pagar R$ 1,1 milhão de multa
O comitê disciplinar da Fifa anunciou nesta terça-feira, 21, punição a Federação Húngara de Futebol (HFF, pela sigla original) pelos episódios de racismo por parte de torcedores contra jogadores da Inglaterra em partida disputada no último dia 2 de setembro, em Budapeste, pelas Eliminatórias da Uefa para a Copa de 2022. A seleção jogará os dois próximos jogos como mandante, diante de Albânia e San Marino, nos dias 9 de outubro e 12 de novembro, respectivamente, sem a presença de público.
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A entidade ainda determinou o pagamento de uma multa no valor de 200.000 francos suíços (1,1 milhão de reais) listando flagrantes de “palavras e ações racistas, lançamento de objetos, fogos de artifício e escadas bloqueadas”.
“A posição da Fifa permanece firme e decidida em rejeitar qualquer forma de racismo e violência, assim como qualquer forma de discriminação e abuso. A Fifa adota uma posição de tolerância zero contra este comportamento horrendo no futebol”, explica na nota.
No jogo, o atacante Sterling e o meio-campista Bellingham foram os principais alvos por parte de torcedores presentes no estádio Ferenc Puskás, em Budapeste.
Durante a disputa da última Eurocopa, a Hungria protagonizou outros casos polêmicos por meio da influência do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, apoiado pelo governo de extrema-direita de Budapeste.
Órban aprovou uma nova lei que proíbe a disseminação de conteúdo que promova a igualdade de gênero. Estudantes, menores de 18 anos, não terão acesso a qualquer conteúdo que faça menção ou referências ao homossexualismo. A lei também monitora o conteúdo publicitário de empresas, que também possam sugerir ou incentivar o tema.
Antes do início da Euro, o político defendeu torcedores húngaros que vaiaram jogadores da Irlanda que se ajoelharam em protesto contra o racismo, em amistoso. Ele alegava que tal postura não “tinha lugar” na cultura húngara.