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Fifa combate venda ilegal de ingressos do Mundial

Mais de 130 empresas já foram identificadas oferecendo entradas sem autorização. Preços chegam a ser 300% superiores aos valores oficiais

Com uma demanda por ingressos para a Copa do Mundo que supera em muitas vezes o número de lugares disponíveis nos estádios, a Fifa presencia uma explosão do mercado negro e lança uma ofensiva mundial para reprimir a venda ilegal de entradas. A seis meses do Mundial, mais de 130 empresas e operadores já foram identificadas oferecendo ingressos sem autorização, da China à Costa Rica, da Austrália ao Brasil. As informações são da Match Service AG, empresa que tem os direitos exclusivos para a venda de ingressos.

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“Estamos vendo um mercado negro enorme e com preços que chegam a ser 300% superiores ao valor original das entradas”, disse o conselheiro legal da Match, Imran Patel. “São extorsões que se aproveitam do desespero das pessoas por ingressos”, lembrando que a única forma de comprar ingressos para um jogo da Copa é no site da Fifa. A Match vende entradas VIP, principalmente para empresas.

Patel diz que, uma semana depois do sorteio das chaves da Copa, já foram identificadas pelo menos 30 novas empresas que passaram a anunciar a venda de entradas. Antes, o número era de 100. “Esse é um fenômeno que deve ganhar força até o final do ano e em 2014.” Ele acredita que até o fim do ano mais 50 ou 60 empresas aparecerão no mercado.

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Segundo Patel, em alguns países, a Justiça abriu processos contra empresas que, mesmo alertadas pela Fifa, permaneceram vendendo os ingressos. Na Costa Rica, a Justiça acaba de aplicar uma multa sobre quatro agências de turismo que afirmavam aos clientes que poderiam comprar ingressos com o pacote para ver a seleção centro-americana na Copa.

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Uma delas, a Destinos TV, argumentou que tem um escritório no Brasil e que, portanto, tem amplas possibilidades de obter as entradas. A justificativa não foi aceita. No México, 11 operadores de turismo foram pegos vendendo entradas e pacotes para a Copa. A Agência de Proteção do Consumidor no México, a Profeco, abriu ações legais contra seis delas por estarem ignorando as ordens de parar as vendas.

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O Brasil concentra cerca de 10% de todas as empresas identificadas. Patel afirma que a Fifa e a Match já enviaram cartas a esses operadores fazendo o alerta: ou param de vender ou enfrentarão queixas criminais na Justiça brasileira.

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(Com Estadão Conteúdo)

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