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‘Fico’ de Messi, Pia Sundhage e camisa 9: as atrações da PLACAR de outubro

Já disponível nas plataformas digitais, revista chega às bancas na próxima sexta-feira, 16

A revista PLACAR de outubro já está disponível para dispositivos iOS e também Android e, na próxima sexta-feira, 16, chega às bancas de todo o país. Dentre suas atrações, destacam-se: a novela envolvendo a permanência de Lionel Messi no Barcelona, os avanços no futebol feminino com uma entrevista da técnica da seleção brasileira, Pia Sundhage, e uma matéria especial sobre a “eterna revolução do camisa 9”.

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A reportagem de capa sobre o “fico” de Messi é assinada pelo escritor e sociólogo mexicano Juan Villoro, uma referência entre os autores de língua espanhola e um grande pensador do esporte como uma experiência histórica, geopolítica, filosófica e psicológica. “O melhor jogador do mundo não merecia sair do Barcelona com o clube em ruidoso desmanche. A tragédia é que ficar seria ainda pior para ele. E foi isso que aconteceu”, escreve Villoro.

PLACAR também ouviu Pia Sundhage, a cara de uma louvável pequena revolução no futebol brasileiro a caminho da igualdade entre mulheres e homens. Com a habitual simpatia, a sueca ensaiou versos de sua nova canção favorita, Anunciação, de Alceu Valença, e traçou seus planos. “As letras de uma canção significam muito para muitas pessoas, e naturalmente para o nosso time. Esperamos, como anunciação, algo ‘grande’, uma mudança, e queremos fazer parte dessa movimentação. Poder na Olimpíada do ano que vem ter uma atitude positiva, um olhar novo e diferente para o futebol. E a música, reconheço, tem sido ótima professora de português para mim”, contou.

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A reportagem especial do mês, assinada por Alexandre Senechal, trata sobre a evolução da posição de centroavante. Com depoimentos de estudiosos como Renato Rodrigues, Rafael Oliveira, Gabriel Correa, Mairon Rodrigues, além do ídolo Tostão, o 9 do tricampeonato mundial em 1970, PLACAR destrincha os quatro tipos de goleador – o “9 clássico”, como Lewandowski e Van Basten, o “falso 9” como Lionel Messi, o “9 de movimentação” como Ronaldo e Haaland, e o “9 completo”, como Benzema e Thierry Henry

Na seção prorrogação, um mergulho no imbatível histórico da revista, PLACAR relembra: a primeira aparição de Ronaldinho Gaúcho em nossas páginas, ainda criança, já tratado pelo irmão Assis, então destaque do Grêmio, como “o craque da família”; a perseverança do repórter José Maria de Aquino em Houston, nos EUA, em busca de informações sobre a cirurgia para corrigir o deslocamento de retina de Tostão, pouco antes da Copa do México; e uma homenagem a Marinho Chagas, “A Bruxa”, escrita pelo jornalista potiguar Ícaro Carvalho.

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Confira, abaixo, a carta ao leitor desta edição:

Da arte de explicar o mundo

O futebol só tem graça porque não se restringe ao gramado — ele ecoa para muito além do campo de jogo, das arquibancadas (vazias, agora, infeliz, mas necessariamente). Ultrapassa as fronteiras das transmissões de TV e dos comentários nas redes sociais e é o que é, apaixonante, porque desde os primórdios sempre foi espelho da vida. Evidentemente relembramos de grandes partidas, de resultados espetaculares, a memória como alimento de qualquer torcedor e de todo leitor de PLACAR. E, no entanto, não há esporte tão cativante porque, depois dos noventa minutos, ele é capaz de explicar o mundo, para tomar emprestado o título de um belo e fundamental livro de Franklin Foer. Ancorado nessa ambiciosa ideia, a de levar a civilização e seus humores para dentro de uma bola, PLACAR quis, nesta edição, atrair um par de profissionais das letras e do desenho, de modo a ampliar esse olhar.

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A reportagem de capa é assinada pelo escritor e jornalista mexicano Juan Villoro, um dos principais autores de língua espanhola hoje. Nascido na Cidade do México, em 1956, sujeito de quase 2 metros de altura, estudou sociologia na Universidad Autónoma Metropolitana, foi professor de literatura na Universidad Nacional Autónoma de México e leciona como convidado em Yale, Princeton, Boston e na Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona, onde passa a maior parte do tempo. Calhou de Villoro gostar muito de futebol e ser considerado um dos pensadores mais interessantes ao redor das quatro linhas.

Quem, então, melhor do que ele para escrever sobre Lionel Messi e suas desventuras, ao tentar sair do Barça? Ao receber a encomenda de PLACAR para rabiscar um ensaio a sair na edição posterior ao especial dos 80 anos do Rei Pelé, Villoro nem piscou: “Muchas gracias por su amable invitación”. O texto, que começa na página 12, é um legítimo exemplo do trabalho de Villoro, torcedor fanático de um time discreto do México, o Necaxa — tem bola nos pés para quem curte bola nos pés, mas também história, geopolítica, filosofia e psicologia.

Ah, e se você quiser ir um pouquinho mais adiante na leitura do mexicano, três dicas, todas em português: O Livro Selvagem, de 2011, destinado ao público infantojuvenil; o adulto Arrecife, de 2014; e O Estádio dos Desejos, uma pequena joia para crianças a partir de 6 anos, o lindo relato de uma seleção de um país imaginário que sofre com um único probleminha: não ganha nunca. E para que ganhar, se o que vale mesmo é todo o resto? É o que parecem dizer os cartuns de Milton Trajano (@miltontrajano, no Instagram), publicados em PLACAR de maio de 2001 a agosto de 2015. Trajano e seu traço, Trajano e suas ideias são tema de uma fascinante reportagem de Tato Coutinho, cujo pontapé inicial se dá na página 34. Villoro e Trajano fazem de suas atividades o que Messi faz com a pelota, simples assim. Boa leitura, boa diversão e até novembro.

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