Técnico admitiu possibilidade de escalar três volantes nesta terça, na semifinal contra os alemães, mas disse que Brasil não será coadjuvante jogando em casa
“É preciso respeitar a Alemanha por tudo o que ela já fez, pelo o que tem feito na Copa e pela forma como costuma jogar. Mas também devemos manter nossa forma de jogar”, disse o técnico brasileiro
Como a seleção brasileira jogará para compensar a ausência de Neymar? A pergunta só será respondida a pouco mais de uma hora da partida entre Brasil e Alemanha, valendo vaga na final da Copa do Mundo, nesta terça-feira, às 17 horas (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. O técnico Luiz Felipe Scolari deverá manter a escalação em segredo até o último momento possível, em uma tentativa de confundir o seu colega alemão, Joachim Löw. De fato, é muito difícil imaginar como a seleção atuará na primeira partida desde a contusão que tirou seu camisa 10 da competição: há mais de dois anos a equipe não entra em campo sem o craque entre os titulares. Tentando manter viva a esperança de conquistar um lugar na decisão e seguir brigando pelo hexa, o técnico da seleção garante: qualquer que seja a equipe escolhida para o clássico desta terça, o Brasil, jogando em casa, tomará a iniciativa do duelo.
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“Respeitamos a Alemanha, mas também vamos tentar fazer o adversário nos respeitar”, resumiu Felipão, que admitiu a possibilidade de escalar o volante Paulinho na vaga de Neymar, mudando a formação da equipe – Luiz Gustavo e Fernandinho seriam mantidos entre os titulares e o Brasil jogaria com três homens de marcação para tentar brigar pelo controle do jogo no meio. Se isso acontecer, porém, o Brasil promete achar outras formas de agredir. “Se eu jogar com três volantes, que é uma das situações que treinamos, vou dar mais liberdade aos laterais. Se jogar com dois, vou segurar um pouco mais, mas também posso criar alguma outra dificuldade para eles”, disse o técnico, mantendo o mistério. A formação com três volantes, com Oscar como armador e Hulk e Fred no ataque, foi a primeira possibilidade ensaiada no último treino antes da semi, �na Granja Comary. Outras formações também foram testadas.
Felipão elogiou os oponentes desta segunda, destacando o equilíbrio como principal virtude dos alemães. “É uma equipe balanceada, forte na defesa, no meio e no ataque. Tem um plano de jogo muito bom”, disse o técnico, que também apontou o entrosamento como outro trunfo dos rivais. “Não podemos nos esquecer que esse time está há muitos anos trabalhando e se organizando para esta Copa. É preciso respeitar a Alemanha por tudo o que ela já fez, pelo o que tem feito na Copa e pela forma como costuma jogar. Mas também devemos impor nosso futebol, manter nossa forma de jogar”, completou o treinador, mantendo em aberto também a possibilidade de escalar Willian ou Bernard na vaga de Neymar, mantendo o esquema usado nas outras partidas da seleção no Mundial. “Com essa postura, levaremos algumas dificuldades à Alemanha. Temos nosso padrão de jogo e acho que podemos causar problemas a eles também.”