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Fãs poderão ser investidores de filme sobre Reinaldo, lenda do Atlético-MG

Iniciativa da empresa Feel The Match em parceria com o Galo é a primeira deste tipo no esporte brasileiro. Investimento mínimo é de 50 reais

Em breve, a história do ex-atacante Reinaldo, ídolo máximo do Atlético Mineiro, virará filme, com o apoio dos torcedores atleticanos. Em uma iniciativa inédita no futebol brasileiro, os fãs poderão ser investidores de um produto oficial do clube, o longa Reinaldo, Rei do Galo, produzido pela Feel The Match, startup especializada em desenvolvimento e produção de propriedades intelectuais para blockchain e streaming. O projeto será lançado oficialmente nesta terça-feira, 12, em Belo Horizonte (MG).

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Por meio de uma chamada pública, os fãs poderão investir e serem donos dos direitos econômicos gerados pelo filme sobre o craque da década de 80. Bruno Maia, CEO da Feel do Match e especialista em inovação e novas tecnologias do esporte, detalhou o projeto e disse que iniciativas semelhantes estão previstas para outros ex-jogadores e clubes.

Os interessados devem visitar o site do projeto, ler as condições e seguir os passos para baixar o app da plataforma Divihub, onde a operação será feita. Lá estão detalhadas todas as características do investimento, que pode ser feito a partir de 50 reais, com pagamentos por Pix, cartão de crédito ou boleto bancário. Ao se cadastrarem, os novos usuários ganham um crédito de R$ 10 para investir.

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O modelo é inovador por oferecer um retorno financeiro real aos torcedores e fãs, já habituados a investir nas suas paixões. “Ser dono e participar do resultado econômico dos produtos que amamos consumir é uma tendência de mercado que as novas tecnologias facilitam cada vez mais. O futebol se acostumou a só pedir dinheiro do torcedor. No Brasil, ele nunca tinha sido tratado dessa forma, como investidor”, diz Bruno Maia.

“O financiamento é só a primeira etapa de um jeito novo de se criar produtos com as novas tecnologias, especialmente, de blockchain. O torcedor pode ficar empolgado porque o ‘Rei do Galo’ ainda vai apresentar muitas outras inovações, antes mesmo de ser lançado”, completa Maia, que produziu a série “Romário – O Cara” para HBO MAX (com previsão de lançamento para 2023) e Nos Armários dos Vestiários (Globo), sobre a homofobia no futebol.

A escolha de Reinaldo para iniciar a série de produtos não foi à toa. O Atlético Mineiro é parceiro da Feel The Match no projeto e vem investindo há alguns anos em inovação e novos produtos.  “Foram dois fatores: em pesquisas, vimos que o Reinaldo é um dos ídolos de maior unanimidade dentro dos grandes clubes brasileiros, e o fato do atleticano ser um torcedor com alto consumo de produtos digitais, vide o sucesso do Sócio Torcedor e de outras tantas iniciativas de inovação bem sucedidas”, explica Bruno Maia.

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Nascido em Ponte Nova, cidade da Zona da Mata Mineira a 180 km de Belo Horizonte, José Reinaldo de Lima chegou à base do Atlético Mineiro em 1971, quando tinha apenas 14 anos. Desde sua estreia profissional no time da capital mineira, em 1973, até 1985, ano em que encerrou a passagem pelo clube do coração, Reinaldo conviveu com lesões no joelho e muita, mas muita bola na rede (255 gols fazem dele o maior artilheiro da história do Atlético). Entre títulos importantes, sete estaduais e uma Copa dos Campeões da Copa do Brasil. Foi também uma das vozes mais combativas contra a ditadura militar no país.

A Head de Inovação do Atlético Mineiro, Débora Saldanha, ressalta os objetivos do clube. “Além da importância de homenagear em vida um dos maiores ídolos do Galo, e de entregar um conteúdo de primeira qualidade ao nosso torcedor, esse projeto vem ao encontro do que acreditamos e estamos idealizando no que se refere às novas tecnologias: democratizar o acesso à propriedades antes distantes, tornando o fã realmente dono e/ou parte integrante do processo, além de fomentar uma comunidade não só de torcedores do Galo, mas de apaixonados por futebol. E ser o primeiro clube a apoiar um projeto como este é manter o Galo na vanguarda da inovação não só no Brasil, como no mundo”, afirma.

Reinaldo e a edição de novembro de PLACAR
Reinaldo durante entrevista a PLACAR: ídolo atleticano e símbolo de luta pela democracia

Como funciona o investimento

A meta da chamada pública é captar 1,5 milhão de reais, valor que posteriormente será complementado com outros investimentos corporativos. Quando as receitas começarem a acontecer, ela será direcionada inicialmente para retornar 100% do investimento dos fãs na Chamada Pública, da Divihub. Só depois de retornar esse valor é que os outros investidores corporativos começam a receber.

“Nossa ideia é minimizar o risco dos fãs. Esse projeto é, antes de mais nada, uma homenagem deles, especialmente dos atleticanos, ao Reinaldo. Por isso, eles têm prioridade contratual para receber de volta o valor investido antes de qualquer outro investidor e, enquanto todos não tiverem recebido o valor integral de volta, ninguém mais recebe”, explica Bruno Maia.

“Existe risco, é importante dizer isso. Existe sim a chance de o torcedor investir o um dinheiro, o projeto não dar resultado e o dinheiro não voltar. No entanto, por se tratar de um investimento revestido de paixão, o que a gente ouve da maioria dos torcedores é que o mais importante é que o filme aconteça, que o Reinaldo seja devidamente homenageado”, disse Maia, em entrevista a PLACAR.  “Esta é uma tendência de comportamento já observada em outras áreas. Só estamos dando um passo além e colocando um produto novo, que é um filme. Temos muitas histórias bonitas para contar e o torcedor pode tomas as rédeas destes projetos.’

Por fim, Maia explica que, para além do esporte, a tokenização de direitos é um caminho inovador para toda a indústria do entretenimento, especialmente do audiovisual. Em meio às dificuldades de se obter financiamentos via leis de incentivo e a perda de direitos intelectuais de obras que são desenvolvidas para plataformas de streaming internacionais, iniciativas como o filme de Reinaldo abrem novos caminhos.

“A tecnologia vem para empoderar os criadores de conteúdo, que precisam, por sua vez, ter o discernimento dessa nova cadeia de valor e de que uma propriedade intelectual tem muitos outros valores intrínsecos ao seu desenvolvimento, além do produto final. Tenho certeza que este será o primeiro projeto audiovisual desta dimensão a ser realizado neste modelo e abrir caminho para muitos outros. O Brasil tem um potencial de criações intelectuais que será muito beneficiado por este novo modelo”, afirma Bruno Maia.

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