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Explorar Alonso e olho na bola parada: como Palmeiras pode bater o Chelsea

Abel Ferreira travará um duelo tático contra Thomas Tuchel e precisa superar alemão por sonhado título; veja quais são os possíveis caminhos

Palmeiras e Chelsea se enfrentam neste sábado, 12, às 13h30 (de Brasília) pela final do Mundial de Clubes, no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O campeão da Libertadores chega após derrotar o Al Ahly, do Egito, enquanto o vencedor da Liga dos Campeões está na decisão depois de passar pelo Al Hilal, da Arábia Saudita. Sonhando com o primeiro título do torneio na “era moderna”, o time brasileiro precisará parar um elenco bilionário para conquistar o troféu.

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Conhecido por ser um estrategista, o português Abel Ferreira levou o Palmeiras ao Mundial com grandes vitórias táticas. Exemplo disso foi a semifinal da Libertadores de 2021, quando passou pelo badalado Atlético Mineiro – campeão brasileiro e da Copa do Brasil -, após dois jogos empatados em que praticamente abdicou da posse da bola.

Na final, apostou em ataques rápidos e uma marcação bem ajustada para vencer o Flamengo e levantar pela segunda vez consecutiva o título do torneio continental.

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Agora, chegou a vez do maior desafio até aqui: bater de frente com o Chelsea do alemão Thomas Tuchel, que derrubou Manchester City e Real Madrid para conquistar a última Champions, além de contar com renomados jogadores como Thiago Silva, Jorginho e Lukaku.

Desse modo, Abel, que esteve no jogo dos ingleses contra o Al Hilal e certamente estudou minuciosamente o adversário de sábado, precisará explorar os aspectos mais fracos do time londrino. PLACAR, sem a audácia de tentar ensinar o atual treinador bicampeão da Libertadores, elencou pontos fracos e fortes do Chelsea para tentar encontrar quais são os caminhos do Palmeiras para conquistar o mundo. Confira:

Alonso? Lá pode ter ouro!

Extremamente questionado por torcedores, jornalistas e pelos que acompanham assiduamente o futebol inglês, o ala Marcos Alonso pode ser o mapa da mina para o Palmeiras. O espanhol de 31 anos é o jogador do Chelsea visto como menos qualificado defensivamente e só está jogando porque o titular, Ben Chilwell, se lesionou. Forte ofensivamente, o jogador muitas vezes deixa a desejar no momento sem a bola. Abel Ferreira, certamente, já observou a situação.

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Uma evidência que pode indicar um lado produtivo para o Palmeiras sobre Alonso é a partida contra o Al Hilal. Pelo duelo na semifinal do Mundial, o espanhol não desarmou ou interceptou nenhuma vez (segundo o site WhoScored), além de sofrer com dribles e movimentações do ataque saudita.

Perdido no equilíbrio entre ataque, defesa e a formação de uma linha de cinco jogadores em momento sem a bola, cedeu muitos espaços ao rival. Na galeria abaixo, é possível ver momentos em que Marcos Alonso, destacado pela edição, permite perigo do time árabe.

Em um lance específico, ainda no primeiro tempo, a dificuldade do jogador do Chelsea em recompor a defesa também gerou uma situação da qual o time brasileiro pode se aproveitar. Em um lance rápido do Al Hilal, em um espaço entre Marcos Alonso (ala pela esquerda) e Antonio Rüdiger (zagueiro pela esquerda), ficou clara a brecha para a infiltração de um adversário. A edição abaixo mostra a ocasião em que o defensor alemão tinha um oponente às costas e o espanhol ainda demonstrava certa distância.

Marcos Alonso falhou na recomposição e espaço nas costas de Rüdiger foi ocupado por jogador do Al Hilal
Marcos Alonso falhou na recomposição, e espaço nas costas de Rüdiger foi ocupado por jogador do Al Hilal –

Também é possível ver que a dificuldade de Alonso não se resume ao Mundial de Clubes. Contra o Manchester City, em 15 de janeiro, pelo Campeonato Inglês, jogo que terminou com derrota do clube de Londres, problemas no setor defensivo esquerdo foram escancarados. Na ocasião, 44% dos ataques da equipe de Pep Guardiola foram naquele lado, e a fragilidade ficou clara. É possível observar na galeria abaixo três situações em que o ala espanhol esteve mal no momento sem bola do Chelsea.

 

Todo cuidado é pouco

Como todo time bem treinado no mundo, o Chelsea tem pontos muito fortes. Quando venceu a Liga dos Campeões, os ingleses terminaram a competição como time menos vazado (4 gols sofridos em 13 jogos), e o bom aproveitamento continua. Nesta edição do Campeonato Inglês, o time de Thomas Tuchel tem a terceira melhor defesa: foi vazado 18 vezes em 24 partidas.

Com um sistema equilibrado, os atuais “donos da Europa” conseguem expressar no ataque um ponto forte: as bolas paradas.

Na atual Premier League, 36% dos gols feitos pelos blues tiveram origem em pênaltis, faltas ou escanteios. Marcando 17 vezes em bolas paradas, o Chelsea é o líder da estatística no campeonato, com dois tentos de vantagem para o Manchester City, que balançou a rede dez vezes mais no total – ou seja, tem um percentual menor de pontuação em lances do tipo.

Assim, o Palmeiras deve manter um alerta ligado quanto ao número de faltas. Basta seguir a tendência do último Campeonato Brasileiro, quando a equipe de Abel Ferreira foi a quinta que parou menos o jogo.

A forte defesa dos Blues também se reflete em um time que controla o jogo em passes, com uma média de 568 a cada 90 minutos na liga inglesa. Terceiro time mais passador da competição, enfrentará o Palmeiras, que finalizou a Libertadores de 2021 com 299 trocas de bola entre jogadores por partida.

Desse modo, é esperado, mais uma vez, um alviverde sem posse de bola, esperando que o adversário se exponha e fique vulnerável aos famosos ataques rápidos do time de Abel.

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