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Ex-presidente do Barcelona é libertado após 643 dias de prisão preventiva

Justiça espanhola concedeu liberdade condicional a Sandro Rosell e a seu sócio Joan Besoli. O dirigente espanhol é acusado de ligações ilícitas com a CBF

O tribunal de Audiência Nacional, que julga o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, por suposta lavagem de 20 milhões de euros (aproximadamente 85 milhões de reais) em negociações com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), decidiu conceder nesta quarta-feira, 27, liberdade condicional ao dirigente e empresário espanhol após quase dois anos de prisão preventiva.

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Antes da sessão do julgamento, foi anunciado que o tribunal concedeu a liberdade, com medidas cautelares, a Rosell e ao seu sócio, o advogado Joan Besoli, ambos detidos desde maio de 2017 pela mesma acusação, na qual a promotoria recomenda 11 e 10 anos de prisão, respectivamente.

O tribunal levou em conta o fato de estar perto de ser cumprido o limite de dois anos de prisão provisória e o caráter excepcional da medida, embora eles estejam obrigados a comparecer a todas as sessões do julgamento e ter domicílio fixo.

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Além disso, Rosell e Besoli tiveram seus passaportes retidos e serão obrigados a comparecer na primeira e terceira segunda-feira de cada mês em um tribunal ou delegacia próxima de suas residências.

Ex-executivo da Nike no Brasil e presidente do Barcelona de 2010 a 2014, Rosell foi acusado de apropriação indébita de fundos provenientes da venda de direitos televisivos envolvendo amistosos da seleção, bem como de um contrato de patrocínio entre a empresa de material esportivo e a CBF.

A acusação afirma que Rosell ajudou a lavar milhões de euros relacionados a comissões para os jogos do Brasil durante o período em que Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e seu amigo íntimo, estava no comando da entidade. O espanhol é acusado de ter ficado com pelo menos 6,5 milhões de euros (27,7 milhões de reais) desse valor. “Não houve comissões, nem ilegais nem legais”, disse Rosell ao tribunal.

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Rosell disse ser “absolutamente falso” que ele ajudou a lavar dinheiro para Teixeira, embora tenha admitido ter feito alguns investimentos em negócios com o cartola, que não teriam, na sua versão, qualquer relação com os contratos para as partidas do Brasil. Mas admitiu que Teixeira lhe emprestou dinheiro para ajudá-lo a comprar um apartamento, algo que declarou ter pagado com juros três anos depois. Os promotores dizem que o empréstimo fazia parte do esquema de lavagem de dinheiro de Rosell e Teixeira.

(com agência EFE e Estadão Conteúdo)

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