Europa debate comportamento de Neymar; brasileiro se defende
Atacante do PSG voltou a ser criticado, desta vez por deixar adversário ‘no vácuo’. Neymar se disse vítima de violência e que revida “na bola”
Neymar voltou a causar polêmica nesta terça-feira por seu comportamento na vitória do Paris Saint-Germain por 3 a 2 sobre o Rennes, que classificou sua equipe à decisão da Copa da Liga Francesa. O atacante brasileiro sofreu faltas duras durante a partida, mas não se intimidou e seguiu distribuindo dribles. No fim, causou polêmica ao deixar o senegalês Ismaila Sarr “no vácuo”.
O jogador do Rennes estava no chão e Neymar se ofereceu para levantá-lo, mas depois tirou a mão e saiu dando risada. O gesto foi amplamente comentado por importantes jornais europeus. O diário Marca, de Madri, destacou o “gesto feio que está dando volta ao mundo”. O catalão Mundo Deportivo foi na mesma linha: “o feio gesto de Neymar que indigna a França” O francês Le Parisien questiona: provocação gratuita ou reação a múltiplas faltas?
Neymar também foi criticado por seu comportamento com a bola. “Ele pode ser o melhor jogador do mundo, mas fica procurando faltas a cada segundo. Ele deve jogar futebol “, afirmou o capitão do Rennes, Benjamin André, à emissora Canal +. Em outro lance bastante controverso, Neymar dominou uma bola com as costas e depois deu um chapéu no adversário, antes de ser parado com falta.
‘Futebol está meio chato’
Ao final da partida, Neymar concedeu entrevista à imprensa brasileira e disse que suas atitudes não devem ser supervalorizadas. Ele tratou o incidente com Sarr com uma brincadeira e reclamou do excesso de faltas que vem recebendo.
“O futebol está meio chato, não podemos fazer nada, tudo vira polêmica. Fiz uma brincadeira, fui cumprimentar o cara e tirei a mão e agora vão fazer polêmicas, falar um monte de besteiras. Faço isso com meus amigos, por que não posso fazer com um adversário? Conversamos o jogo e no fim eu fiz uma brincadeira.”
Segundo Neymar, seus dribles são uma forma de desestabilizar os rivais. “Eles me chutam, eu jogo futebol. Eles me provocam, mas eu também sei como provocar da minha maneira, com a bola. Não estou aqui para bater em ninguém. Eu não sei como fazer isso. Eu me defendo com a bola. Eu sei que haverá discussões porque eu provoco. Mas é normal. Não vai adiantar nada me bater e me provocar, porque eu provocarei ainda mais e farei com que meu time se imponha.”
O jogador mais caro de todos os tempos já havia reclamado no fim de semana das vaias que recebeu de parte da própria torcida por não deixar Edinson Cavani bater um pênalti. Ele se negou a cumprimentar os fãs do PSG nas duas últimas partidas em casa.