Euro: Inglaterra amplia capacidade de público para a final em Wembley
Após apelos de húngaros e italianos por mudança, governo britânico permite entrada de 60.000 torcedores na decisão
A final da Eurocopa será jogada em 11 de julho com 60.000 torcedores no estádio de Wembley, em Londres. O mesmo acontecerá em uma das semifinais, na casa do futebol britânico. O aumento da capacidade de público em meio à pandemia do novo coronavírus foi aprovada pelo governo britânico nesta terça-feira, 22, após pressões da Uefa, da Hungria e da Itália, segundo informações da agência Reuters.
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De início, a capacidade máxima de presentes no estádio de Londres foi definida em 25% da lotação; agora, subiu para 75%. Além disso, as normais estatais da Inglaterra obrigam estrangeiros a uma quarentena obrigatória, o maior impasse, segundo a Uefa. A entidade europeia agora busca um acordo com o governo britânico, para que os convidados possam ficar 24h no país e utilizar transportes específicos, como protocolo.
A Uefa chegou a cogitar mudar a final para Budapeste, pois a Hungria não impôs restrições acerca de público, e seus jogos tem tido estádios lotados. Além disso, o primeiro-ministro italiano Mário Draghi também defendeu a realização da decisão em Roma, pelo fato de a pandemia de Covid-19 estar mais controlada no país.
No último mês, a Inglaterra registrou aumento nos casos de Covid-19, apesar do número médio de mortes estar estável. Atualmente, 47% da população britânica está totalmente vacinada. Para os moradores do país poderem entrar na partida, junto ao ingresso, será necessário apresentar o certificado de vacinação completa ou teste negativo para o Coronavírus.
Merkel critica a Uefa
A chanceler alemã Angela Merkel se posicionou claramente contra a lotação dos estádios na Inglaterra. A política, em tom crítico, pede responsabilidade à Uefa, para não causar um novo foco de disseminação do vírus em Londres. “Eu não gostaria de ver estádios lotados na Inglaterra e apoio todos os esforços feitos pelo governo britânico para fazer cumprir as medidas de higiene”, disse Merkel.
A Uefa também vem sendo criticada por sua posição de vetar manifestações a favor da causa LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e simpatizantes) na partida entre Alemanha em Hungria, considerada pela entidade uma manifestação política. “A Uefa, através dos seus estatutos, é uma organização política e religiosamente neutra. Dado o contexto político deste pedido específico – uma mensagem visando uma decisão tomada pelo parlamento nacional húngaro – a UEFA deve recusá-lo”, explicou a Uefa em comunicado, após sofrer pressões do governo de extrema-direita do húngaro Viktor Orbán.