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Estrela paralímpica, André Brasil se torna inelegível para o esporte

Nadador passa a ser impedido de competir em qualquer esporte adaptado após reclassificação do Comitê Paralímpico

Publicado por: Estadão Conteúdo em 25/04/2019 às 02:16 - Atualizado em 28/09/2021 às 13:02
Estrela paralímpica, André Brasil se torna inelegível para o esporte
André Brasil conquista a medalha de ouro nos 50 m livre S10 nos Jogos Paralímpicos de Londres em 31/08/2012

O esporte paralímpico do Brasil deixará de contar com um dos grandes nomes da atualidade. André Brasil, nadador dono de diversos recordes mundiais e medalhas em Jogos Paralímpicos, foi denominado como inapto para continuar a competir após uma reclassificação do esporte ocorrida nesta quarta-feira 24. A medida, promovida pelo Comitê Paralímpico Internacional, é polêmica, por dividir atletas de acordo com a sua deficiência.

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André participou de três Paralimpíadas (conquistando 14 medalhas), cinco Campeonatos Mundiais e três Jogos ParaPan-Americanos, estando em atividade há 14 anos. Esta reclassificação, a quarta de sua carreira, vetou sua participação no sistema paralímpico daqui para frente. Assim, ele não pode disputar mais nenhuma competição de esporte adaptado.

“O que me deixa triste é ver que são 14 anos jogados fora, como se passassem uma borracha em cima da minha história”, afirmou o atleta. “Não somos tratados como seres humanos, e sim como números de pontos na classificação”.

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André Brasil teve poliomielite logo aos três meses de vida. Como sequelas da doença, ficou com uma diferença de cinco centímetros entre uma perna e a outra. E ele não tem a mesma força e sensibilidade na perna esquerda. Após cinco cirurgias, o problema não foi corrigido e ele iniciou a carreira paralímpica em 2005.

Na carreira pelo Brasil, André chegou a conquistar 67 medalhas em mais de 300 competições. Seus novos exames, no entanto, não bastaram para que ele pudesse continuar a competir após a nova classificação.

“O sistema é falho. Não é justo quatro pessoas definirem a vida de um atleta. Parece que o que foi feito anteriormente não valeu de nada, o esporte paralímpico perde muito a sua credibilidade por isso”, afirmou seu técnico, Felipe Domingues.

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