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‘Está acabando com o futebol’, diz o vereador do RJ que pede o fim do VAR

Político criou projeto de lei depois de se revoltar com decisão do árbitro de vídeo em anular um pênalti para o Flamengo. Detalhe: ele é vascaíno

O vereador Antônio José Papera de Azevedo, mais conhecido como Zico (PTB-RJ), apresentou nesta quarta-feira 16 um projeto de lei que visa proibir o uso do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) em partidas de futebol realizadas no estado do Rio de Janeiro. “O futebol é a alegria do povo. O VAR está acabando com o futebol”, afirmou vereador a VEJA. O que motivou a proposta foi a demora provocada pela anulação de um pênalti marcado a favor do Flamengo, diante do Athletico Paranaense, no último domingo, pelo Brasileirão.

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“Teve 16 minutos de paralisação. Meu filho hoje torce mais pelo VAR que pelo clube dele, porque é ele quem decide o jogo. A gente não sabe a hora que pode comemorar um gol”, desabafa.

Zico, que apesar do apelido se diz vascaíno (“Era Zé, Zézinho, Zico… acabou pegando”), afirma que já foi defensor da tecnologia, mas se decepcionou com sua aplicação. “O VAR veio para melhorar, mas não melhorou. Acho justo o chip para definir se a bola entrou ou não. Mas hoje o árbitro não decide mais nada, deixa tudo para o árbitro de vídeo. O jogador não pode mais vibrar, nem o torcedor, até o narrador fica desconfiado. Isso mata o jogo.”

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Caso aprovada, a lei diz que, em caso de descumprimento da proibição, uma multa de 250 000 será aplicada e destinada ao Fundo Municipal de Defesa do Consumidor. “É um projeto sério, vou até o final com ele”, garante.

O político de 53 anos se define como “um homem da bola” e divide suas funções na Câmara com a de presidente do Campo Grande, clube da terceira divisão carioca. Zico ainda rebateu as críticas de que “deveria se preocupar com coisas mais sérias” e ressaltou que também apresentou uma série de projetos em defesa de deficientes físicos, como a criação de audiotecas para alunos cegos em escolas públicas.

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