Moda dos uniformes que rompem com as tradições está também no Mundial
A mania surgiu nos clubes europeus: para aumentar a receita e criar uma nova demanda entre os colecionadores de uniformes, essas equipes passaram a lançar camisas alternativas, com cores e desenhos muito diferentes do usual, a cada temporada. Tornaram-se comuns os modelos ousados, com cores berrantes e inovações (nem sempre de bom gosto) no design. Em quase todos os casos, porém, tratam-se de variações temporárias que não eliminam as camisas titular e reserva. Agora, elas chegam à Copa do Mundo – mas tomando o lugar dos uniformes número dois, para desgosto dos torcedores mais conservadores. Num Mundial que já teria muitas seleções de primeiro escalão trajadas com combinações pouco tradicionais de cores (Argentina e Alemanha todas de branco, por exemplo), as camisas reserva serão uma atração à parte – ou, no caso dos tradicionalistas, um desrespeito inaceitável à história dessas equipes.
Leia também:
Vem aí a Copa monocromática – e com tradições rompidas
A guerra das marcas esportivas na Copa: R$ 15 bi em jogo
O que dizer, por exemplo, do uniforme preto e verde-limão da atual campeã mundial, a Espanha? Ou da camisa “flamenguista” da seleção alemã, uma das favoritas ao título? Entre as outras equipes que trarão uniformes inéditos ao país estão o México, com um modelo em vermelho alaranjado com detalhes pretos, e o Japão, com uma camisa fosforescente. Portugal ganhou uma variação de sua camisa reserva branca – ao invés dos detalhes costumeiros, em verde e vermelho, o uniforme tem gola e punhos em azul. Um destaque positivo é a seleção da Rússia, com um modelo branco e azul simbolizando o contorno da Terra visto do espaço, referência à jornada espacial pioneira de Yuri Gagarin. A seleção brasileira também ganhou uma camisa alternativa, em tom verde escuro, mas trata-se apenas de uma opção para o torcedor – o uniforme reserva, ufa!, é o clássico azul.