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‘Ele chorava muito, sofria’, diz testemunha do caso Pistorius

Julgamento do velocista sul-africano é retomado após recesso de quase três semanas com depoimento de vizinho a quem Pistorius ligou após o crime

O julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, foi retomado nesta segunda-feira no Tribunal Superior de Pretória após um recesso de quase três semanas solicitado pela Promotoria e concedido pela juíza Thokozile Masipa no dia 16 de abril.

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O júri foi retomado com o testemunho de Johan Stander, vizinho e amigo de Pistorius, que é administrador do condomínio onde vive o atleta e foi uma das primeiras pessoas para quem o acusado ligou após matar a tiros Steenkamp, em sua casa de Pretória.

Stander relatou os acontecimentos do dia do crime. “Por favor, Johan, por favor, venha a minha casa. Atirei em Reeva. Pensei que era um intruso”, teria dito Pistorius segundo o vizinho quando o chamou pelo telefone pouco depois das três da madrugada.

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Respondendo a um dos advogados de Pistorius, Kenny Oldwage, Stander relatou que, ao chegar à casa do atleta, viu o velocista descer as escadas com sua namorada ferida em braços.”(Ele) chorava muito, sofria, e nos pediu que a ajudássemos”, lembrou a testemunha, que foi à casa de Pistorius acompanhado de sua filha.

Segundo sua versão, outro vizinho de Pistorius, o médico Johan Stipp – que já depôs no julgamento a pedido da Promotoria – também esteve no local e o próprio Stander chamou uma ambulância, que chegou minutos depois mas Steenkamp já estava morta.

Acusação – O promotor, Gerrie Nel, acusa Oscar Pistorius do assassinato premeditado de sua companheira de 29 anos, após uma suposta discussão, que várias testemunhas da acusação asseguram ter escutado. Se for declarado culpado, Pistorius seria condenado à prisão perpétua.

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Pistorius alega que, em pânico, abriu fogo quatro vezes cao pensar que quem se estava no vaso sanitário não era Steenkamp, mas um intruso que tinha invadido o imóvel. O acusado explicou sua versão em abril, durante quase uma semana de testemunho no qual, durante o interrogatório do promotor, se contradisse em várias ocasiões.

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(Com agência EFE)

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