E a fria torcida de São Paulo esquentou (mas nem tanto assim)
Empolgados com tantos corintianos em campo, torcida vibrou com os gols da seleção brasileira; mas muito mais com seu treinador
Dessa vez não teve chuva de bandeirinhas, nem coro de adeus para o treinador. A torcida brasileira, definitivamente, está novamente enamorada com a seleção de seu país. E isso acontece indubitavelmente pela presença de Tite no banco de reservas. Ovacionado por diversas vezes antes, durante e ao final da partida, o comandante do Brasil retribuiu a torcida no finalzinho do jogo com acenos e uma batida no peito, no lado do coração.
Aliás, a força da torcida corintiana se fez presente na arena. Os ex-jogadores do alvinegro (Marquinhos, Paulinho, Renato Augusto, Gil e Willian) e um do atual elenco (Fagner) tiveram seus nomes gritados na arena. Quando Fagner deu um chapéu, a parcela corintiana da arquibancada foi a loucura. Até o paraguaio Ángel Romero foi lembrado com carinho. Mas um coro foi repetido em uníssono pelos mais de 44 000 pagantes: “Olê, olê, olê… Tite, Tite.”
De olho no telão (e não no gramado)
Fora a vibração com os corintianos ilustres, a torcida pouco cantou durante o jogo. Quem esteve na final olímpica, no Maracanã, pôde constatar que os cariocas sabem empurrar a equipe da casa. Os paulistas só pularam da cadeira mesmo nos três gols do Brasil. Ensaiou-se o canto consagrado de “Mil gols, mil gols, Só Pelé, Só Pelé”, mas não vingou. Dois enormes telões posicionados atrás dos gols focalizavam os torcedores mais empolgados. Tivemos de tudo, de bebês de colo a casais apaixonados. Uma competição a parte. Fora as selfies.
O ponto negativo, sem dúvidas, foi a manifestação de boa parte da torcida nas cobranças de tiro de meta do Paraguai. “Oooooooh, bicha!”, bradavam homens, mulheres e, pior, crianças. O locutor oficial do estádio pediu: “Vamos respeitar o adversário. Algumas atitudes podem gerar punição à seleção.” A chamada de atenção foi respondida com uma sonora vaia.