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Dudamel: ‘Quando crianças, torcíamos pelo Brasil. Hoje podemos encará-lo’

Tanto o treinador da Venezuela quanto Tite pregaram respeito pelo adversário e esconderam a escalação na véspera da partida em Salvador

SALVADOR – O técnico da seleção venezuelana, Rafael Dudamel, é um velho conhecido do futebol brasileiro. Foi goleiro de sua seleção em tempos menos “competitivos” e, por isso, levou gols de craques como Ronaldo, Adriano e Roberto Carlos. Também era o camisa 1 do Deportivo Cali, da Colômbia, na derrota para o Palmeiras na final da Libertadores de 1999. Em nova visita ao Brasil, para o jogo de terça-feira,18, pela segunda rodada da Copa América, em Salvador, Dudamel demonstrou mais confiança, mas também muita admiração pela seleção brasileira.

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“Nós, quando crianças, antes de colocarmos a camisa “Vinotinto”, colocávamos a do Brasil, crescemos torcendo pelo Brasil nas Copas do Mundo. E hoje temos a oportunidade, com muito orgulho, de encará-los e competir, será um grande teste”, afirmou o treinador na noite desta segunda-feira, 17, na Fonte Nova, palco do duelo.

Dudamel assumiu as seleções juvenis e a principal em 2016 e liderou a evolução da equipe, que teve como resultado mais relevante o vice-campeonato no Mundial sub-20 de 2017. Ele admite que um empate seria satisfatório, mas acredita que sua equipe pode surpreender os anfitriões. “Imagino um jogo muito intenso. Precisamos que todo a equipe esteja lúcido, ligada, porque é um jogo sem margem de erro. Seleções como o Brasil não perdoam. Se eles nãoi fizerem o gol cedo, deve haver uma pressão da torcida, como ocorreu no primeiro jogo. Queremos ser intensos e agressivos.”

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Dudamel não revelou a escalação do time. O mesmo fez Tite, quebrando seu hábito de dispensar o mistério. “Prefiro omitir que mentir. Não queremos facilitar o trabalho do outro lado”, disse o técnico gaúcho, que até mesmo na Copa do Mundo tinha o costume de revelar os onze titulares na véspera. É bem provável, no entanto, que o time tenha o retorno de Arthur, recuperado de lesão, na vaga ocupada por Fernandinho na estreia contra a Bolívia. Roberto Firmino, até por ter sido o escolhido para dar uma rapidíssima entrevista, deve seguir no time, com Gabriel Jesus como opção.

O auxiliar de Tite, Cleber Xavier, também exaltou a evolução do futebol venezuelano. “O time mudou o seu jeito de jogar, com renovação de atletas, jogadores importantes de clubes médios da Europa, meias com bom passe, boa criação. Estudamos muito o adversário e vamos ficar atento ao que eles têm de melhor, que são as transições altas e com bola parada forte. Respeitamos muito a Venezuela, que para mim, pode ser uma das surpresas dessa competição.” O jogo na Fonte Nova começa às 21h30 e, se vencer, o Brasil estará matematicamente classificado para a segunda fase, com uma rodada de antecedência.

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