Diego Cavalieri revela mágoa: ‘Faltou ética e profissionalismo’
Dispensado do Fluminense de surpresa, goleiro fez duras críticas ao presidente Pedro Abad e ao gerente de futebol, Marcelo Teixeira
Dispensado pelo Fluminense no final do último ano, o goleiro Diego Cavalieri convocou uma entrevista coletiva nesta quinta-feira para explicar sua saída do clube. O jogador, que estava no clube desde 2011, fez duras críticas ao presidente e diretores pela forma como a situação foi conduzida.
O que mais o entristeceu foi o momento em que foi dispensado, apenas no fim de dezembro, o que reduziu sua possibilidade de encontrar um novo clube. “Fui pego de surpresa. Me mandaram mensagem no dia 27 de dezembro perguntando se eu tomava conta da minha carreira e respondi que sim. Perguntaram se poderiam ligar em uma hora e eu concordei. Apenas no dia 28, pela tarde, o Marcelo Teixeira (gerente de futebol do Fluminense) me ligou falando que após uma reunião no clube eu estava fora e que não precisava’ me reapresentar.”
“Fico chateado pela data em que fui comunicado, porque perdi dezembro inteiro, em que todo mundo já tinha fechado contrato e complica para dar sequência na carreira”, afirmou Cavalieri, que entenderia sua dispensa se ocorresse no começo de dezembro. “Tudo tem uma maneira de se conduzir, com ética e profissionalismo. Não houve isso da parte deles.”
O jogador já havia providenciado passaporte e visto para acompanhar o clube na disputa da Flórida Cup, torneio amistoso de pré-temporada nos EUA. Ele negou que o Fluminense o tenha procurado para negociar um novo contrato. “Não tentaram negociar uma diminuição de salário”, reclamou o jogador, que colocou a culpa do fato em duas pessoas: “Os responsáveis por tudo isso foram o presidente (Pedro Abad) e o Marcelo Teixeira (diretor das categorias de base)”.
O jogador agora recusa-se a conversar com a atual diretoria do clube, mas torce para que seus companheiros e o técnico Abel Braga tenham sucesso na temporada. ���No dia da reapresentação fui buscar minhas coisas e falei com os jogadores e Abel, mas não quis falar com o presidente, que veio me cumprimentar como se nada tivesse acontecido. Torço para que o Fluminense melhore, volte a se estruturar e que o Abel consiga montar um time.”
“As pessoas aparecem quando a coisa está boa. Quando está ruim, se escondem em Xerém (Marcelo Teixeira é também diretor da base do clube). Dificilmente ele se expõe. Se essas pessoas saírem, incluindo o presidente, estou aberto a conversar”, completou o goleiro.
O futuro, no entanto, segue indefinido. “Na primeira semana (após sua dispensa), teve muito empresário ligando, mas sei que, pelo momento, a situação é complicada. Todos os times do Brasil têm grandes goleiros. Agora vou continuar treinando para me encaixar”, avisou o goleiro, que mostrou seu desejo. “Ficar no Rio seria o ideal, para estar perto do meu filho. Mas se vier outra proposta, vou analisar”.