Derrota em Madri desperta críticas ao Bayern de Guardiola
Beckenbauer e Khan se juntaram à imprensa alemã, que contestou a equipe
Bastou uma derrota por 1 a 0 para que o Bayern de Munique – atual campeão de todas as competições que disputa e apontado, com sobras, como a melhor equipe da atualidade – fosse contestado pela imprensa europeia e até por seus próprios ídolos. A atuação da equipe bávara na derrota para o Real Madrid na partida de ida da semifinal da Liga dos Campeões gerou críticas contundentes, especialmente ao técnico Pep Guardiola e ao craque Franck Ribery. O jornal esportivo de maior circulação da Alemanha, Sport Bild, ironizou em sua capa: “Uma besta que você não precisa temer”, com a foto de Pep Guardiola como ilustração. O título é uma referência ao apelido “Bestia Negra”, compartilhado na Espanha pelo Bayern e seu técnico – ambos têm ótimo retrospecto diante da equipe de Madri.
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O mau aproveitamento da defesa do Bayern, formada por Rafinha, Boateng, Dante e Alaba, também recebeu atenção especial no Bild. “Este setor choca o Bayern”, publicou o diário. No entanto, as contestações que mais repercutiram na Alemanha foram dadas justamente por ex-jogadores do time. Presidente honorário e maior ídolo da história do clube, Franz Beckenbauer voltou a cutucar o estilo de jogo de Guardiola. “Posse de bola não significa nada quando o adversário cria tantas oportunidades de gol. Devemos estar felizes por só ter sofrido um gol até aqui”, disse o ex-jogador ainda durante o intervalo do jogo.
Já o meia Franck Ribery, tido como principal estrela do Bayern, foi discreto no duelo contra e não foi poupado. Em entrevista ao Bild, o ex-goleiro Oliver Kahn – conhecido no Brasil por ter sofrido dois gols de Ronaldo na final da Copa de 2002 – , considerou que o lado psicológico do francês precisa ser melhor trabalhado. “Franck é um jogador sensível. Ele é muito dependente de motivação emocional. Você precisa trabalhar muito isso, conversando com ele, tirando tudo que ele pode. É sempre descobrir o que o deixa deprimido. Ele é um dos poucos que podem fazer a diferença dentro de uma equipe”, disse o ex-goleiro, campeão europeu com o Bayern em 2001.
(Com agência Gazeta Press)