Del Nero pede habeas corpus para evitar prisão em CPI
Cartola também quer ter o direito de permanecer calado em depoimento na comissão
Investigado pela CPI do Futebol, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O cartola teme ser preso durante um eventual depoimento na comissão e também quer ter o direito de permanecer calado na CPI. O requerimento foi aberto por três advogados, entre eles o da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
O STF ainda não julgou o pedido. Responsável por aceitar ou não o habeas corpus, o ministro Gilmar Mendes diz não haver urgência na questão. “Levando em conta não haver qualquer elemento que traga a certeza da convocação (para depor) é inviável a análise, neste momento, do pleito de urgência”, declarou Mendes.
A sessão da CPI do Futebol, marcada para esta quarta-feira, foi adiada a pedido de um grupo de senadores ligados a Romero Jucá (PMDB-RR), aliado da CBF. A reunião iria votar para que documentos referentes aos resultados e lucros do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, no Brasil, fossem demonstrados, bem como a quebra de sigilo bancário de pessoas ligadas à CBF e seus dirigentes. Entre as pessoas que podem ter o sigilo quebrado está a ex-namorada de Del Nero, Carolina Galan, acusada de ter recebido 1 milhão de reais do dirigente em uma transferência suspeita.
O presidente da CBF não sai do país desde maio, quando seu antecessor José Maria Marín e mais seis cartolas foram presos na Suíça pelos escândalos de corrupção da Fifa. Até agora o cartola faltou em nove compromissos da seleção e não compareceu às reuniões da Comissão de Ética da Fifa, da qual é membro.
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(Com Gazeta Press)