Del Nero nega renúncia e diz que ‘não há nada’ contra ele
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deu entrevista na manhã desta sexta-feira na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e negou ter qualquer conhecimento sobre irregularidades praticadas pelo ex-presidente José Maria Marin, preso em Zurique, na Suíça. O dirigente afirmou que não existe a possibilidade de renunciar ao cargo e se colocou […]
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deu entrevista na manhã desta sexta-feira na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e negou ter qualquer conhecimento sobre irregularidades praticadas pelo ex-presidente José Maria Marin, preso em Zurique, na Suíça. O dirigente afirmou que não existe a possibilidade de renunciar ao cargo e se colocou à disposição para todas as investigações envolvendo o escândalo. A seguir os principais trechos da entrevista:
Volta ao Brasil – “Voltei rapidamente ao país porque decidimos que eu deveria estar no Brasil para prestar os devidos esclarecimentos a autoridades e à imprensa sobre a crise administrativa com as prisões na Suíça. Soube da prisão do vice-presidente Marin por telefone, que ele havia sido levado pelas autoridades e a Conmebol, já que ele é membro da entidade, colocou a sua disposição ajuda jurídica. Daí para a frente ficou com advogados o encaminhamento da situação.”
Possibilidade de renúncia – “Não existe e jamais pensei nisso. Não há razão para que renuncie, não tenho nada a ver com isso.”
CPI – “Onde tiver manifestação legal, e tenha necessidade de comparecer, que eu serei chamado, estarei presente, dando todos os esclarecimentos.”
Acusações de Romário – “Não é de hoje que o senador me ataca, e toda vez que me ataca vou ao Judiciário, tomo as providências legais. Ele inclusive já perdeu ação e foi condenado… e vou continuar processando enquanto me ofender.”
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Contratos da CBF – “Como vice sempre fiz tudo que era solicitado, o vice cumpre determinação da presidência, igual a qualquer diretor. Mas nunca assinei nenhum contrato na administração do presidente Marin.”
Retirada do nome de Marin da sede da CBF – “Por determinação da Fifa, pelo banimento por noventa dias da Fifa, a nossa diretoria obedeceu a referendo e resolveu tirar o nome dele.”
Imagem da CBF – “Decidimos, com a diretoria mais o jurídico, que deveríamos tomar providências imediatas para demonstrar aos órgãos investigativos a vontade da CBF de mostrar que está sem qualquer mácula, nada que nos ataque. Tudo está registrado, contratos, tudo. Vamos provar que a CBF e seus membros investidos do poder neste momento são inocentes.”
Sabia que Marin recebia dinheiro? “É triste essa situação, e presto solidariedade ao ser humano, ao amigo, mas na função de presidente tenho de tomar providências necessárias. Não tem como deixar de fazer algo por ser amigo, estou perplexo, e temos de exercer a função da melhor forma em favor da CBF. Eu não sabia de nada, não tinha conhecimento.”
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Abertura de contratos – “Empresas privadas quando negociam entendem que não devem noticiar os valores, isso é legal, está previsto em lei. Respondemos aos órgãos de Justiça, mas o contrato pode ser fechado. Diante do ocorrido, temos de analisar todos os contratos, se há suspeita temos de analisar.”
Interferências nas competições nacionais – “Nenhuma, tudo continua normal, o futebol continua acontecendo normalmente, com os campeonatos, seleção, nada muda. A crise é de administração.”
Voto na Fifa – “Deixamos um representante lá para votar de acordo com a Conmebol. A Conmebol vota em bloco. Quando existem mais de seis votos, os outros quatro acompanham os demais.”
(Da redação)