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De volta a uma semifinal, Inglaterra se reconcilia com o protagonismo

Vitória sobre a Suécia recoloca os ingleses entre os quatro melhores da Copa depois de 28 anos

Foram muitos os traumas da Inglaterra desde seu primeiro (e único) Mundial conquistado no longínquo ano de 1966. Vencido de forma controversa, aliás, com gol alemão que hoje não seria ignorado pelo árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Pesa uma eterna desconfiança de que, não tivesse sido anfitriã na ocasião, a nação inventora do futebol moderno (no fim do século 19) jamais teria triunfado. De lá para cá, muitos desgostos reforçaram a tese. Por isso a vitória por 2 a 0 sobre a Suécia reconcilia o English Team com o protagonismo, um retorno a uma semifinal de Copa do Mundo depois de 28 anos.

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Em 1990, uma equipe bem modesta, que dependia do talento de Paul Gascoine e dos gols de Gary Lineker, parou nos pênaltis para a campeã Alemanha. Naquela década, o sabor da semifinal ainda foi degustado em 1996, na Eurocopa, e novamente os germânicos e a disputa dos tiros livres… O hoje treinador Gareth Southgate era um zagueiro modesto da seleção inglesa e perdeu a cobrança crucial.

Pois foi sob sua gestão que Southgate acabou com esse trauma dos pênaltis, no triunfo sobre a Colômbia, nas oitavas. Principalmente, formatou uma seleção que vai além da eficiência defensiva. Seu time tem certa elegância — tal qual seu colete bem cortado —, a bola desliza mais pela grama do que em outros tempos, apesar de as viagens aéreas ainda serem fundamentais.

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Foi pelo alto que os ingleses reconquistaram uma vaga na semifinal. Quando todos vigiavam Stones, que já marcara duas vezes sobre o Panamá, seu colega Maguire apareceu para anotar o primeiro, aos 30 minutos do primeiro tempo. Aos 14, depois do intervalo, Dele Alli completou cruzamento de Lingard. Dois lances dos muitos ataques de quem dominou a partida. A Suécia, quando ameaçou, parou no goleiro Pickford. Ele, o francês Lloris e o belga Courtois têm provado que os postulantes ao título têm a quem recorrer quando atacados.

Falta um degrau até a decisão, que terá França ou Bélgica com favoritismo. Mas já é possível dizer que os ingleses estão orgulhosos dessa campanha na Rússia. A resignação dos suecos após o apito final é uma prova desse respeito reconquistado pela Inglaterra.

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Ponto alto
Os laterais Trippier e Young têm cumprido sua função tática plenamente. Formam a linha de cinco defensores, mas são presença constante no ataque, apoiando simultaneamente. Quando atacados, recompõem rapidamente. Haja fôlego.

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Ponto baixo
Apesar de sua importância tática e de a equipe não ter dependido de um gol seu para a vitória, o artilheiro Harry Kane poderia ter aumentando seu protagonismo no Mundial.

Na semifinal
A Inglaterra enfrenta o vencedor de Rússia e Croácia na próxima quarta-feira, 10 de julho, às 15h, em Moscou.

Ficha do jogo

Suécia 0 x 2 Inglaterra
Local: Arena Samara. Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL). Público: 39.991. Gols: Maguire, aos 30 do primeiro tempo; Dele Alli, aos 14 do segundo tempo.
Suécia: Olsen; Krafth (Jansson), Londelöf, Granqvist e Augustinsson; Larsson, Ekdal, Claesson e Forsberg (Olsson) Toivonen (Guidetti) e Berg. Técnico: Janne Andersson.
Inglaterra: Pickford; Trippier, Walker, Stones, Maguire e Young; Henderson (Dier), Dele Alli (Delph) e Lingard; Sterling (Rashford) e Harry Kane. Técnico: Gareth Southgate.

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