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Em Lisboa, Jorge Jesus diz que não volta mais ao Brasil

Após causar controvérsia ao revelar desejo de regressar ao Flamengo, treinador apontou Fenerbahce como provável destino: 'Talvez'

O técnico português Jorge Jesus falou pela primeira vez após a repercussão da entrevista da última quinta-feira, 5, quando afirmou ao blog do jornalista Renato Mauricio Prado, do Uol, que gostaria de voltar ao Flamengo, colocando o próximo dia 20 como data limite para a decisão do clube carioca. Na chegada à Portugal neste fim de semana, o Mister negou a hipótese e ainda deixou em aberto a possibilidade de um acerto com o Fenerbahce, da Turquia.

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“Não, não vou não [voltar ao Brasil]”, disse o treinador, que ainda citou “talvez” sobre o fato da Turquia ser o seu próximo destino na carreira.

Jesus também foi insistentemente questionado sobre a nota do Benfica, o seu último clube, que desmentiu a declaração do treinador ao SporTV de que teria entregado o cargo no clube de Lisboa para facilitar seu retorno ao Rio e aberto mão do pagamento de sua multa rescisória. Ele optou por não falar.

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Na nota, o Benfica diz que: “em nenhum momento Jorge Jesus solicitou que o deixassem sair do Clube ou se mostrou disponível para abdicar das remunerações a que teria direito até ao final da temporada. Mais se enfatiza, de novo, que as duas partes entenderam que a rescisão por mútuo acordo era a melhor solução na defesa dos interesses do Sport Lisboa e Benfica, ficando igualmente acordado que a contratação de Jorge Jesus por parte de um novo clube implicaria a cessação de todas as obrigações contratuais que ligam as partes até ao final da atual época desportiva.”

A bombástica entrevista de Jesus levantou questionamentos sobre a ética do treinador lusitano. A PLACAR, Kleber Leite disse que Jesus não teve o objetivo de causar confusão. “Tenho para mim que o Jorge Jesus não sabia que a entrevista seria publicada. Foi um papo entre amigos queridos, eram coisas que estavam no coração do Jesus, que ele expôs com muita verdade.”

Segundo Leite, tampouco houve desrespeito por parte do jornalista em publicar o conteúdo do papo. “O Renato é jornalista e além de tudo um apaixonado pelo Flamengo e pelo trabalho do Jesus. Ele, assim como 99,9% dos flamenguistas, gostaria da volta do Jesus e, como bom jornalista, aproveitou a oportunidade. Não vejo nada de mais nem de uma parte nem de outra. Quando existe verdade, não há por que temer nada.”

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Por fim, Kleber negou que Jesus tenha dado uma espécie de “ultimato” na diretoria comandada pelo presidente Rodolfo Landim e pelo vice de futebol Marcos Braz. “Ele apenas manifestou seu desejo de voltar a trabalhar e deixou claro que não pode esperar muito tempo. É bom que seja colocado de uma forma definitiva e os dirigentes do Flamengo que tomem a melhor decisão em cima disso.”

Jorge Jesus, treinador do Flamengo, no Ninho do Urubu
Jesus ainda afirmou que quer treinar a seleção –

Neste domingo, 8, ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, o treinador deixou em aberto a possibilidade de treinar outros clubes do país alegando que “não vai estar a vida todo à espera do Flamengo”. A entrevista foi feita antes das polêmicas declarações ao Uol.

“Com os anos que vão passando não posso dizer que não vou treinar outro time no Brasil, e vou estar a vida toda à espera do Flamengo. Não vou. As oportunidades se fecham e se abrem. A princípio, essa minha decisão (de não treinar outros times) teve a ver com a minha relação com os atletas, mas no futuro isso não pode ter continuidade porque eu sou profissional e tenho que trabalhar”, disse Jesus, que ainda afirmou desejo de treinar a seleção brasileira.

“Foi uma relação muito forte, não só esportivamente, mas socialmente. Desportivamente, é sempre um objetivo (treinar a seleção), uma vez que eu estive no Brasil e conheço o futebol brasileiro. Não seria um treinador que chegaria à Seleção sem conhecimento do futebol brasileiro. Mas não compete a mim decidir”, completou. A entrevista completa deve irá ao ar nesta segunda, 9, no programa Bem, Amigos!.

Enquanto isso, no Flamengo, Paulo Sousa comandou a equipe carioca em 24 partidas com 14 vitórias, seis empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 66,6%. Apesar dos bons números, o desempenho é abaixo do esperado e é agravado por uma pressão causada por declarações de Jesus.

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