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Ex-esposa de Daniel Alves nega acordo para tirar jogador da prisão

Joana Sanz desmentiu informação de emissora espanhol sobre acordo financeiro para a modelo colaborar no processo e relatou dificuldade no divórcio

Daniel Alves segue preso na Espanha e teve, recentemente, mais um pedido de liberdade recusado pelo Ministério Público local. Acusado de ter estuprado uma jovem de 23 anos, o brasileiro já completa três meses na cadeia e, até agora sem sucesso, segue buscando alternativas para aguardar o julgamento em liberdade. Neste sábado, 29, a ex-mulher do jogador, Joana Sanz, negou a informação sobre um acordo entre o casal para que a modelo colaborasse no processo.

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As informações sobre um acordo entre Daniel Alves e a ex-mulher foram divulgadas na última sexta-feira, durante o programa de TV Ana Rosa, da emissora espanhola Telecinco. Em suas próprias redes sociais, Joana Sanz negou e ainda afirmou que o brasileiro tem dificultado o processo de divórcio.

“É mentira. Não há acordo. Sim, estamos em processo de divórcio, que ele está recusando e isso complica tudo. E não, não estou recebendo dinheiro. Não entendo a necessidade de inventar notícias”, escreveu a modelo.

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Segundo a jornalista Mayka Navarro, o divórcio formal ainda não foi confirmado, apesar da modelo ter anunciado a separação nas redes sociais. O adiamento da assinatura seria justificado por um pagamento de Alves, tendo em vista que a defesa do jogador utiliza o casamento com uma espanhola para provar à justiça que não há pretensão de fuga.

Para o promotoria, ele ainda é considerado uma pessoa com “alto risco de fuga”. Por esse principal motivo, o Ministério Público da Espanha negou todos os pedidos de liberdade até o momento.

Relembre o caso

No dia 21 de março, o Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido feito pela defesa do jogador brasileiro para que o atleta respondesse ao processo em liberdade. Na decisão, os três juízes responsáveis, Eduardo Navarro, Myriam Linage e Carmen Guil, alegaram que há risco de fuga de Daniel Alves para o Brasil, além de diversos indícios do crime cometido pelo jogador de 39 anos. 

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Daniel deu ao menos três versões para o ocorrido na boate Sutton, em 31 de dezembro. A princípio, ele havia negado qualquer tipo de abuso, afirmou que estava apenas dançando na boate e que nem sequer conhecia a mulher, em entrevista a uma emissora espanhola, dia 5 de janeiro.

Depois, no primeiro depoimento à juíza, o jogador da seleção brasileira disse que estava no banheiro quando a mulher entrou, mas que não teve contato algum com ela. Por fim, o jogador, que era casado com a modelo espanhola Joana Sanz, admitiu a relação sexual.

As investigações podem levar a uma punição severa ao brasileiro. Desde 7 de outubro do ano passado, vigora na Espanha a Lei de Garantia da Liberdade Sexual, conhecida popularmente como lei do “só sim é sim”, e diz respeito ao que configura sexo consensual (atual versão defendida por Daniel Alves).

De acordo com o jornal Mundo Deportivo, o ex-jogador de Juventus, Barcelona, PSG e São Paulo, entre outros clubes, pode pegar de um a quatro anos de prisão caso seja condenado por agressão sexual; no entanto, em casos de estupro com violência, como acusa a mulher, a pena pode chegar a 12 anos de detenção.

A denúncia se assemelha ao caso do ex-atacante Robinho, que no no passado foi condenado de forma definitiva pela Justiça italiana a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa, ocorrido em 22 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão. O ex-jogador segue vivendo em liberdade em Santos (SP), pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

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