Da Bahia para o mundo: Ana Marcela é ouro na maratona aquática
Brasileira venceu a disputa da prova dos 10 km e conquistou a medalha em sua terceira Olimpíada
O Brasil conquistou seu quarto ouro logo no início do dia 4 em Tóquio – começo na noite do dia 3 no Brasil. A baiana Ana Marcela Cunha garantiu o quarto ouro do país nos Jogos Olímpicos com a vitória na prova dos 10 km da maratona aquática, disputada a partir das 6h30 no horário local na Marina de Odaiba, na capital japonesa.
A brasileira de 29 anos, que deixou a Bahia em 2007 rumo a Santos para construir uma carreira na maratona aquática, esteve no pelotão de frente durante as quase duas horas de prova. Nos últimos 10 minutos, assumiu a ponta e não foi mais ultrapassada. Ana Marcela chegou na frente com o tempo de 1 hora, 59 minutos e 30 segundos.
“[Meu momento] finalmente chegou. É o meu quarto ciclo olímpico, vindo de uma não classificação [em Londres-2012], frustração no Rio [quando ficou no décimo lugar] e amadurecimento muito grande para chegar até aqui. Deixei escapar algumas vezes, mas agora finalmente sou campeã olímpica. O que é eu posso dizer é acreditem nos seus sonhos e deem tudo de si. Quero agradecer meu clube, meus pais e minha namorada”, disse Ana Marcela em entrevista ao SporTV após a vitória.
A atleta era esperança de medalha para o Brasil após um magnífico ciclo olímpico. Neste ano, foi pódio nas três provas que disputou na preparação para Tóquio, com duas medalhas de ouro e uma prata. A conquista nos Jogos chega após passar em branco em Pequim-2008, na estreia da modalidade nos Jogos, e Rio-2016.
Ana Marcela coroa uma carreira vitoriosa na modalidade com a sua primeira medalha olímpica. A baiana já foi eleita seis vezes a melhor atleta do mundo em maratonas aquáticas, é tetracampeã mundial em provas de 25 km e foi campeã no Pan-Americano de Lima em 2019.
É a segunda medalha do Brasil na prova dos 10km da maratona aquática. Nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016, Poliana Okimoto terminou a prova na quarta colocação, mas ficou com o bronze após a desclassificação da francesa Aurelie Muller.