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Conmebol rejeita plano da Fifa de realizar Copa do Mundo a cada dois anos

Entidade sul-americana diz que "o projeto em questão dá as costas aos quase 100 anos de tradição do futebol mundial" e avisa que suas seleções o boicotariam

Os planos da Fifa de reduzir o intervalo entre Copas do Mundo para dois anos, em vez de quatro, como sempre foi desde a edição inaugural em 1930, parece ter naufragado. Nesta quarta-feira, 27, a Conmebol informou que rejeitou a proposta e que nenhuma das seleções sul-americanas  participaria caso a mudança fosse aprovada, seguindo exemplo de algumas confederações europeias.

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Idealizada pelo ex-treinador francês Arsène Wenger, chefe de desenvolvimento global da Fifa, a mudança foi apoiada pelo presidente da entidade Gianni Infantino, que viajou pessoalmente para diversos países, inclusive da América do Sul, para tentar convencer dirigentes. A Conmebol, porém, não topou.

Em nota, o Conselho da federação sul-americana, reunido pessoalmente em Luque, Paraguai, informou que “não há motivos, benefícios ou justificativas para a mudança promovida pela Fifa. Diante disso, os dez países que integram a Conmebol confirmam que não participarão de uma Copa do Mundo organizada a cada dois anos”, diz um dos trechos. 

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“O projeto em questão dá as costas aos quase 100 anos de tradição do futebol mundial, ignorando a história de um dos eventos esportivos mais importantes do planeta. A Conmenol apoia a Copa do Mundo em vigor, com seus termos e sistemas de classificação, porque tem se mostrado um modelo de sucesso, baseado na excelência esportiva e que premia esforço, talento e trabalho planejado”, completou.

Na Uefa, seleções nórdicas como Suécia, Noruega e Dinamarca já haviam declarado que boicotariam o evento bienal. No último dia 18, durante visita a Buenos Aires, Infantino defendeu que a mudança traria “competitividade de alto nível, mais esperança e emoção e mais possibilidades para o mundo todo organizar uma Copa”.

Em setembro, a entidade encomendou uma pesquisa, realizada em julho pelas empresas IRIS e YouGov, mostrando que a maioria das pessoas é a favor da realização da Copa do Mundo a cada dois anos. O presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferín, é um dos principais críticos da proposta da Fifa.

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