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Os estádios que viraram hospitais de campanha na luta contra o coronavírus

Com a paralisação das competições, arenas esportivas como o Pacaembu, que completou 80 anos nesta segunda, auxiliam os sistemas de saúde durante a pandemia

O Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, comemora nesta segunda-feira 27 os 80 anos de sua inauguração. O palco paulista da Copa do Mundo de 1950 presta hoje serviço a um propósito muito maior do que o de receber partidas de futebol. No gramado mítico, por onde passaram craques como Pelé, Romário e Neymar, agora pisam outros heróis: os médicos que atuam no hospital de campanha cujo propósito é atender pessoas contaminadas pelo coronavírus.

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Com as principais competições paralisadas pela pandemia, os complexos esportivos e estádios se tornaram um local viável para a instalação dessas estruturas temporárias. No Brasil, o Maracanã também foi transformado em um hospital de campanha no Rio de Janeiro, que, assim como São Paulo, sofre severamente as consequências da Covid-19. O Rio tem 645 mortes e 7 111 casos confirmados, enquanto o estado paulista tem 20 715 casos de coronavírus e 1 700 óbitos.

Na Europa, alguns estádios também ajudam no atendimento de infectados, como o Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund, da Alemanha. Estádios famosos, como o Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, servem de centro de armazenamento para equipamentos médicos e suprimentos.

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Clubes ingleses colocaram seus estádios à disposição do Serviço Nacional de Saúde (NHS). O Tottenham Hotspur Stadium promove a testagem de pessoas em Londres, enquanto o Etihad, do Manchester City, o Old Trafford, do Manchester United, e Wembley – todos com instalações à disposição – participaram de uma ação ligando as luzes dos estádios na cor azul, que representa a NHS.

Hospitais de campanha também foram construídos em ginásios e complexos de outros esportes. O Centro Nacional Billie Jean King, da federação americana de tênis, recebe anualmente o US Open, um dos quatro Grand Slams do circuito. Com o possível adiamento ou cancelamento do torneio, o complexo virou um grande hospital de campanha em Nova Iorque, epicentro da pandemia nos Estados Unidos – o estado soma 160 000 casos confirmados e 12 287 mortes.

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