Publicidade
Publicidade

Como Gabigol foi virando carta fora do baralho na seleção de Tite

Treinador convocou sete atacantes na penúltima convocação antes da Copa e voltou a deixar o ídolo do Flamengo de fora

Faltando menos de 200 dias para o início da Copa do Mundo do Catar,, os planos de Tite para a seleção brasileira começam a ficar mais claros e parecem não incluir Gabriel Barbosa, do Flamengo. Nesta quarta-feira, 11, o treinador fez sua penúltima convocação antes da lista final e, mesmo tendo chamado 27 jogadores, sendo sete atacantes, deixou Gabigol de fora, assim como já havia ocorrido no chamado anterior.

Publicidade

Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 6,90/mês. Não perca

Os escolhidos do ataque nesta quarta foram Vinicius Júnior (Real Madrid), Gabriel Jesus (Manchester City), Matheus Cunha (Atlético de Madri), Raphinha (Leeds), Rodrygo (Real Madrid), Richarlison (Everton) e Gabriel Martinelli (Arsenal) — levando em conta que Neymar é atualmente um meia e não entra nesta disputa. Antony, do Ajax, não foi chamado por estar lesionado, mas deve estar no avião rumo a Doha. Roberto Firmino, do Liverpool, é outro concorrente, atualmente no departamento médico.

Gabigol, portanto, briga com ao menos nove nomes para seis ou, no máximo, sete vagas. O artilheiro do Flamengo já chegou a ser um dos favoritos de Tite, mas não correspondeu. Ele, porém, segue com bons números: tem 14 gols em 22 jogos pelo Flamengo em 2022. Em 2021, foram 29 bolas na rede em 42 partidas. A título de comparação, em um nível de exigência maior, Jesus tem 13 gols em 29 jogos pelo Manchester na temporada 2021/2022 e Matheus Cunha tem seis tentos em 34 jogos em seu primeiro ano no Atlético de Madri.

Publicidade

Na lista anterior da seleção, para os jogos contra Venezuela e Bolívia pelo fechamento das Eliminatórias, Tite despistou sobre a ausência de Gabigol. “Eu prefiro não comentar. Estamos com muitos jogadores convocados. Temos uma lista larga [de selecionáveis], eles estão nessa lista”, disse, citando também Everton Ribeiro, outro flamenguista que perdeu espaço.

O último chamado do ídolo rubro-negro foi em janeiro, para os duelos contra Equador e Paraguai. Na ocasião, o treinador elogiou a atitude de Gabigol, que decidiu antecipar o fim das férias e se apresentar antes ao Flamengo. “O comportamento reafirma as informações do acompanhamento. Mais do que falar é se comportar, atitude. Volta com condição de peso, gordura, massa muscular, mostra que houve cuidado. Mostra maturidade. Associado ao performado”, disse Tite.

Em campo, porém, ele teve poucas chances (um indício de que tampouco agradou nos treinamentos). Entrou aos 33 minutos do segundo tempo no empate em 1 a 1 em Quito e teve um chute defendido. Na goleada por 4 a 0 sobre o Paraguai, não saiu do banco no Mineirão. Sua derrocada coincidiu com a ascensão de jovens atacantes como Vinicius Junior, Antony e Raphinha e com a percepção de Tite de que poderia atuar sem um centroavante, com Neymar como “falso 9”.

Publicidade

A principal chance de Gabigol veio na Copa América de 2021, na qual atuou em cinco dos sete jogos (apenas um como titular), marcou um gol na estreia diante da Venezuela, e não deu nenhuma assistência. Na época, Tite analisou as características de seus atacantes.

“O Gabriel Barbosa te dá uma flutuação e uma infiltração de ataque a espaço com poder de conclusão muito forte. O Gabriel Jesus pelo lado tem a naturalidade, foi um dos destaques na Copa América de 2019 com finta pessoal, chegada ao fundo e um contra um. Ele também ataca espaço, tem muita força e muita chegada”, disse.

“Richarlison também ataca espaço e tem chegada. Firmino é 9 que vira 10 e te dá articulação juntamente com Neymar, que dá criatividade, como Everton e Paquetá. Essas funções do penúltimo homem com liberdade para chegar na frente vão dando possibilidades de utilização”, completou, dando a entender que os concorrentes são mais versáteis que o flamenguista.

Caso nenhum jogador seja cortado, Gabigol agora terá apenas mais uma chance para convencer Tite. Ainda antes do início da Copa, o Brasil encara México e Argentina, em setembro. O duelo contra a seleção da América Central será um amistoso, enquanto o clássico contra o país vizinho é válido pelas Eliminatórias, em jogo atrasado por descumprimentos das medidas sanitárias.

Publicidade