Com ajuda da Prefeitura, Santos sonha com novo estádio na cidade
Clube não pretende gastar um centavo pela nova arena, que teria capacidade para 25.000 torcedores e seria cedido pela Prefeitura para grandes jogos
O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, revelou, com extremo otimismo, um projeto que pode viabilizar uma nova casa para a equipe da Vila Belmiro na cidade. O clube, no entanto, não pretende gastar um centavo pelo novo estádio: a Prefeitura Municipal de Santos seria a verdadeira dona da arena e cederia o local ao Santos a custo zero. “Seria um estádio para 25.000 pessoas. A Vila Belmiro ficaria para jogos menores”, explicou o dirigente.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa confirmou a possibilidade por meio de nota oficial. “Um novo estádio é bem-vindo para a cidade, mas é preciso aguardar fatos concretos para poder se posicionar sobre o tema”. Segundo Modesto Roma Júnior, este é o projeto mais recente que chegou às mãos do Santos e não tem relação com a construtora WTorre, que negociou a construção de um novo estádio no início do ano.
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Na última terça, durante a reunião do Conselho Deliberativo, Modesto falou pela primeira vez sobre o assunto. “Achei o projeto muito viável. Para ser feito em 30 meses. A ideia é preservar a Vila como um templo sagrado e o estádio seria construído a cerca de 1 km de distância. É uma luz muito forte que se apresenta para nós e vamos levar o assunto ao prefeito”, disse, à época, para os Conselheiros presentes. Com capacidade para 16.000 pessoas, a Vila Belmiro tem recebido públicos baixos – a média do time no Campeonato Brasileiro é de pouco mais de 9.000 torcedores por jogo – o que fez com que a diretoria transferisse algumas partidas para o Pacaembu, visando atrair o público santista da capital.
Plano – A parceria entre Santos e Prefeitura ainda prevê um investidor já definido, mas mantido em sigilo. Se o projeto vingar, a Prefeitura ficará com o estádio, podendo usufruir da maneira que bem entender, e o Santos mandará seus jogos mais importantes na temporada no local. Como tudo ainda está sob negociação, ainda não há prazos e Modesto não espera que nada esteja concluído até o fim de sua gestão, em dezembro de 2017.
“Não tenho essa vaidade. Eu quero deixar as coisas bem encaminhadas, talvez iniciadas. Mas não tem como isso terminar na minha gestão e não tem qualquer problema de ficar para o próximo”. Segundo o dirigente, o projeto “ainda muito embrionário e em fase de estudos” pode ser executado onde fica o CT Rei Pelé atualmente. No entanto, um terreno ao lado, hoje utilizado pela Associação Atlética dos Portuários de Santos, talvez seja a solução mais viável. O Portuários declarou estar aberto a negociações.
(com agência Gazeta Press)