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Com 5 candidatos, Santos define presidente que enfrentará crise histórica

Eleição em momento conturbado acontece neste sábado, 9, das 10h às 17h, na Vila Belmiro; PLACAR entrevistou todos eles

SANTOS – Os associados do Santos escolhem neste sábado, 9, o novo presidente do clube pelos próximos três anos. O pleito que ocorre das 10h às 17h (de Brasília) promete ser o mais tenso da história, ainda sob reflexos diretos do inédito rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Cinco candidatos concorrem, com 16.602 sócios aptos a voto – sendo 7.662 no formato online. A expectativa é de um colégio eleitoral recorde, superando os 8.154 votantes de 2020, quando Andres Rueda saiu vencedor com 3.936 votos.

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Cinco nomes concorrem ao cargo, que terá mandato até dezembro de 2026: Ricardo Agostinho (chapa Resolve), Wladimir Mattos (Juntos pelo Santos FC), Rodrigo Marino (Renova Santos), Maurício Maruca (Inova Santos) e Marcelo Teixeira (Santos grande de novo).

A eleição ocorrerá simultaneamente no Salão de Mármore e no ginásio da Vila Belmiro. Desta vez, o clube não terá urnas em São Paulo, como habitualmente faz nas disputas, utilizando a FPF (Federação Paulista de Futebol) como sede na capital.

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Pleito ocorrerá das 10h às 17h no Salão de Mármore e ginásio da VIla Belmiro - Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Pleito ocorrerá das 10h às 17h no Salão de Mármore e ginásio da VIla Belmiro – Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

A apuração iniciará ao término imediato do fechamento das urnas, com o resultado divulgado no começo da noite. O novo presidente inicia oficialmente o mandato a partir de 2 de janeiro, mas deve antecipar os trabalhos.

Alguns dos candidatos, inclusive, alegam já ter acordos encaminhados para a contratação de treinadores e de um novo executivo de futebol para as funções hoje ocupadas por Marcelo Fernandes e Alexandre Gallo. PLACAR entrevistou os cinco (confira abaixo):

Histórico de polêmicas

Os pleitos presidenciais do Santos neste século são marcados por um longo histórico de problemas. Em 2009, durante a apuração da quinta de dez urnas, uma enorme confusão entre torcedores e membros da oposição, da chapa de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, interrompeu o pleito.

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Ribeiro liderava a contagem de votos com larga vantagem sobre Marcelo Teixeira, então presidente, quando integrantes de uma das torcidas organizadas partiram para cima de integrantes de alguns de seus apoiadores. A confusão desencadeou o episódio conhecido como “guerra das cadeiras” entre os presentes, com intervenção de gás lacrimogênio pela Polícia Militar.

Na ocasião, Laor venceu Teixeira com 1.882 votos a 1.129, interrompendo a sequência de cinco mandatos consecutivos do rival político.

Pleito do início da última década no Santos - Divulgação/Santos FC
Pleito do início da última década no Santos – Divulgação/Santos FC

Em 2014, a eleição precisou ser interrompida por problemas logo no início envolvendo o uso de urnas eletrônicas. O clube tentou insistir com a prática, mas precisou em meio ao pleito trocar para cédulas de papel. A eleição chegou a ser suspensa por um dos mesários ter sido flagrado depositando duas cédulas na urna de uma só vez.

Três anos depois, uma série de acusações contra o então presidente Modesto Roma Júnior marcaram o pleito que elegeu José Carlos Peres. Oposicionistas acusaram o rival político de uma susposta tentativa de fraude nas urnas se valendo de uma manobra para aumentar artificialmente o número de sócios.

Na mesma eleição, Roma sofreu uma denúncia pitoresca: a criação de sócios fantasmas com nomes como Augusto Pinochet, Al Capone e Don Corleone. O episódio levou conselheiros a vetarem a primeira votação online, que ocorreria somente em 2020.

Carteirnha do 'sócio' Al Capone em 2015 - Reprodução
Carteirnha do ‘sócio’ Al Capone em 2017 – Reprodução

Pelas redes sociais, também no mesmo ano, circulou um vídeo com um grupo de asiáticos supostamente irregulares na fila na sede da FPF, que atendia eleitores da capital: “vou votar no amarelo, meu patrão mandou”, diziam.

No final da gestão de Peres, em 2020, o clube teve o primeiro presidente da história a sofrer um impedimento.

Os candidatos e o que eles pensam:

Ricardo Agostinho concorre pela segunda vez - Divulgação
Ricardo Agostinho concorre pela segunda vez – Divulgação

Ricardo Agostinho (Resolve), 54 anos. Empresário e publicitário, trabalhou na área farmacêutica e foi embaixador do Santos em São Paulo por três anos, entre 2017 e 2020. No último pleito, ficou em terceiro lugar, com 1.070 votos (13,1%).

Qual a principal proposta de seu grupo caso assuma o Santos? Nosso grupo se propõe a não apenas devolver o Santos à primeira divisão, mas também restaurar a dignidade do clube, resgatando sua posição histórica no futebol brasileiro. Buscamos não apenas resultados esportivos imediatos, mas uma redefinição duradoura da identidade e do prestígio do Santos.

Quais os planos para a Vila Belmiro? Acha possível tirar do papel a nova arena? A viabilidade da nova arena é inquestionável, respaldada pelo expressivo apoio dos sócios. Nossa visão vai além de construir um estádio; queremos transformar a Vila Belmiro em um ícone, um ambiente que transcenda o futebol, incorporando elementos culturais e de comunidade para enraizar o Santos no coração dos torcedores.

Tem um treinador em mente para 2024? Será um estrangeiro ou um brasileiro? Será brasileiro. Está contratado. A antecipação de acordos com um treinador e um executivo de futebol reconhecidos como os melhores do Brasil em 2023 não é apenas uma decisão pontual. Reflete uma abordagem estratégica que visa estabilidade e consistência, rompendo com a instabilidade que tem afetado o clube. Este compromisso é parte integrante de uma visão de longo prazo para o sucesso contínuo do Santos.

É possível prometer em 2024 que o time voltará a brigar por títulos? Enquanto olhamos para além de 2024, nossa promessa de retorno à elite do futebol brasileiro é respaldada por um planejamento estratégico que visa não apenas reverter a situação atual, mas estabelecer bases sólidas para que o Santos possa competir consistentemente por títulos a partir de 2025. Nosso compromisso vai além do curto prazo, visando uma reestruturação profunda e sustentável.

Planeja transformar o Santos em uma SAF? Ao contrário das opiniões de Andres Rueda, nossa defesa da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) representa uma visão de modernização e sustentabilidade para o Santos. O processo envolve não apenas a adoção da SAF, mas uma implementação gradual e estratégica, focada na valorização da marca e na criação da Santos World Football, uma entidade que não só preserva a identidade do Santos, mas a eleva a novos patamares de excelência, inspirando-se em modelos de sucesso como o Grupo City e a Red Bull.

Quais os planos para a disputa da Série B em 2024? Dá montar um time forte com baixa receita? Sim, montaremos um time competitivo. Afinal já temos treinador e executivo contratados e ambos possuem experiência neste tipo de situação e se destacaram muito em 2023.

Wladimir Mattos concorre pela primeira vez - Divulgação
Wladimir Mattos concorre pela primeira vez – Divulgação

Wladimir Mattos (Juntos pelo Santos FC), 58 anos. Administrador de empresas, também licenciado em história, atua há quase 40 anos como empresário no setor marítimo. Já foi conselheiro por dois mandatos e concorre à presidência pela primeira vez.

Qual a principal proposta de seu grupo caso assuma o Santos? Sem dúvida nenhuma, recuperar o futebol. O torcedor e o associado precisam entender que a melhoria vai acontecer conosco. Estamos formando um time de profissionais capacitados e qualificados em nossa gestão. Simultaneamente e, ainda que possam parecer imperceptíveis aos olhos da arquibancada, implementar as mudanças estruturantes necessárias, uma governança 100% profissional, e que contraponham um modelo autocrático que nos levou ao atoleiro que nos encontramos.

Quais os planos para a Vila Belmiro? Acha possível tirar do papel a nova arena? A Arena é um dos pilares de sustentação de um projeto esportivo forte. Assim que assumir a presidência, quero me reunir com a WTorre para entender a situação financeira da empresa, o custo da obra e as cláusulas que estão sendo negociadas, mas a negociação prosseguirá com responsabilidade e senso de urgência, mas sem perder de vistas os interesses do clube, associados e torcedores. Não vejo nesse momento nenhuma possibilidade de construção em outro local que não seja a Vila Belmiro.

Tem um treinador em mente para 2024? Será um estrangeiro ou um brasileiro? Independentemente da nacionalidade, buscaremos alguém que traga de volta o futebol propositivo e de habilidade, uma proposta condizente com a história e tradição do clube. Acreditamos no trabalho a longo prazo, por isso precisamos ser assertivos na escolha.

É possível prometer em 2024 que o time voltará a brigar por títulos? Sabemos das limitações financeiras e o que pode ser feito em relação aos investimentos, mas precisamos reforçar o elenco. Vamos adotar uma postura assertiva e pontual, reforçar o elenco em posições que estamos carentes e que elas cheguem para resolver. Temos certeza que o atual coordenador técnico já tem em mãos mapeados alguns nomes para reforçar a equipe em 2024 e que nos devolverão a competitividade perdida ao longo dos três últimos anos.

Planeja transformar o Santos em uma SAF? No Santos Futebol Clube, e não apenas nele, o crescimento orgânico das receitas se dá de forma lenta, incapaz de concorrer com o orçamento dos clubes que hoje protagonizam as principais competições nacionais, por isso a SAF precisará se tornar realidade. A SAF gerará os investimentos necessários que irão garantir, não apenas a formação, mas, também, a manutenção de uma equipe de futebol competitiva e relevante no futebol nacional. Mas não podemos fazer a coisa de forma apressada e entregar o futebol nas mãos erradas. Queremos um parceiro que reconheça a relevância institucional de se associar ao clube e não alguém que queira apenas o retorno financeiro com vendas de jogadores. Precisamos estar fortalecidos e não fragilizados como agora. Por isso, nosso foco inicial estará voltado primeiro para a implantação de uma gestão profissional que garanta desempenho esportivo, a construção da Arena, o protagonismo das categorias de base e, finalmente, reestruturação do programa Sócio Rei. Quando chegar a hora precisamos garantir que o clube tenha peso na definição das metas e decisões relevantes da sociedade.

Quais os planos para a disputa da Série B em 2024? Dá montar um time forte com baixa receita? Sim, é possível. Nossos planos incluem não apenas a série B, mas o Paulista também. Precisamos ir bem para garantir a vaga na Copa do Brasil de 2025. Seremos pragmáticos. Precisamos montar uma equipe competitiva já para a primeira competição. Assim que assumirmos teremos uma conversa franca com o coordenador de futebol, Alexandre Gallo, para reestruturar o elenco. Contratações assertivas e pontuais serão realizadas. Uma certeza nós temos, só ficarão aqueles 100% comprometidos com o retorno à série A e, os que chegarem, precisam se encaixar nas diretrizes do clube.

Rodrigo Marino concorre pela segunda vez - Divulgação
Rodrigo Marino concorre pela segunda vez – Divulgação

Rodrigo Marino (Renova Santos), 49 anos. É formado em contabilidade, tem graduação em administração de empresas e comércio exterior, além de ter sido tenente do Exército. Ex-membro do Comitê Gestor, foi conselheiro por cnco mandatos. Segundo colocado no último pleito, com 1.171 votos (14,4%).

Qual a principal proposta de seu grupo caso assuma o Santos? Todo mundo já ouviu da minha boca que eu só aceitei disputar o cargo de presidente do Santos se eu pudesse devolver a alegria e o orgulho ao torcedor santista. Em março tive essa confirmação, então, essa será a minha primeiríssima prioridade: formar um time campeão. Isso mesmo, quero bater campeão já no Campeonato Paulista. Como todo profissional que pertence ao mundo do futebol deve saber, um bom time não se monta do dia pra noite, leva uns 6 meses. Esse é o tempo que venho trabalhando, conversei com um executivo de futebol que me passou uma lista de 5 a 6 jogadores talentosos, diferenciados. Conversei com eles e todos estão apalavrados, felizes por virem pra Vila Belmiro vestir o nosso manto sagrado, a camisa do glorioso Santos Futebol Clube. Felizes porque virão fazer parte de um Projeto Vitorioso de Futebol que montei com o Executivo de Futebol e com o meu Vice, Clóvis Cimino. Eu venço a eleição no dia 9, ato contínuo, já no dia 11 já estarei conversando com todos. Vamos ser campeões já no Campeonato Paulista de 2024. Quem viver, verá.

Quais os planos para a Vila Belmiro? Acha possível tirar do papel a nova arena? O projeto está assinado entre o Santos e a WTorre, e a nossa ideia é nos inteirarmos de todos os detalhes do projeto no dia 2 de janeiro, ato contínuo, iremos dar celeridade na captação de recursos que é o próximo passo para a construção da Arena. O nosso objetivo é construir a Arena, sim, e o mais rápido possível. O Santos precisa da Arena e o torcedor merece. Após iniciadas as obras na Vila Belmiro iremos jogar no Pacaembu. O Pacaembu não vai estar pronto no início do ano, mas as obras da Nova Arena também não terão início em janeiro. Eu entendo que as obras na Vila Belmiro irão se iniciar no mesmo momento em que o Pacaembu já estará pronto e liberado. Enquanto o Santos não tiver a sua arena pronta, o Santos irá jogar em São Paulo, precisamente, no Pacaembu.

Tem um treinador em mente para 2024? Será um estrangeiro ou um brasileiro?  Eu já tenho executivo de futebol e cinco jogadores talentosos para criarmos um time forte, competitivo, para sermos campeões do Campeonato Paulista de 2024. Vou trazer dois zagueiros de área, dois laterais e um meio de campo criativo. Analise: em janeiro o Pituca chega. Então terei a inserção de seis jogadores talentosos para formar o time, as outras peças são do próprio time que estão jogando bem, o problema é que a falta de jogadores para essas posições que citei, comprometem o futebol dos outros. Quanto ao técnico, com a chegada do executivo de futebol, iremos estudar. Eu peço perdão por não me estender mais sobre o tema, mas o que posso afiançar: estou trabalhando desde agosto no time, iremos ter um time para gritar campeão no Campeonato Paulista de 2024 e começarmos a apagar essa mancha na história do time que essa atual diretoria permitiu acontecer.

É possível prometer em 2024 que o time voltará a brigar por títulos? Não só é possível como vai acontecer. Essa não é a história do Santos, o nosso time está acostumado a brigar pelas primeiras posições, entramos em campeonatos para sermos protagonistas, não para sermos coadjuvantes. O clube entra para ser campeão. Basta dessa humilhação que sofremos nesses três anos. Eu me candidatei para ser o melhor presidente da história do Santos de todos os tempos. E agora, mais do que nunca, vou scer o presidente que irá tirar o Santos da segunda divisão, que colocou o glorioso Santos Futebol Clube no lugar de onde ele nunca deveria ter saído: no topo do futebol mundial.

Planeja transformar o Santos em uma SAF? Eu, a princípio, sou favorável, mas com outros valores. Não concordo com o preço que o Cruzeiro nem o Bahia foram comprados. Agora, existe uma maneira interessante, bem diferente da SAF. Trata-se de um Contrato de Parceria. Eu fui à Europa visitar alguns clubes nessa minha campanha para pesquisar o que eles estão fazendo de excepcional para trazer essas ideias para o Santos. Visitei o Braga, o Porto, em Portugal. E Atlético de Madri e Real Madrid na Espanha. Em Portugal, o presidente do Braga me mostrou o Contrato de Parceria que ele havia feito com a QSI. Esse grupo comprou 30% do Braga por 50 milhões de euros, ou seja, 265 milhões de reais. Eu gostei e o Sr. António Salvador me tranquilizou. Disse-me de uma forma direta: “Vença a eleição e volte, eu lhe levo a QSI”. Eu acredito que pela grandeza do Santos posso conseguir uns 200 milhões de euros. Valor em reais: mais de um bilhão de reais. Esse valor eu resolvo todos os problemas do Santos e o melhor de tudo: o clube não passa a ter um dono, pelo contrário, o torcedor continua dono do clube. Eu falo isso porque no momento em que você vender o clube não tem volta.

Quais os planos para a disputa da Série B em 2024? Dá montar um time forte com baixa receita? Não é só possível, como já tenho esse time forte. E o meu compromisso agora com o derrota diante do Fortaleza multiplicou por 10, o meu compromisso que eu já tinha, eu corroboro tudo o que já afirmei. Eu não aceito essa condição, o próximo ano será um ano atípico na minha vida, todos os dias serão de luta renhida, o meu esforço será trazer o Santos para o lugar de onde nunca deveria ter saído, o lugar mais alto do futebol mundial. Eu afirmo como líder dessa nova gestão que meu compromisso se multiplicou por dez diante desse rebaixamento, dessa mancha que essa atual diretoria fez na história gloriosa do Santos. Eu tenho um perfil: é a adversidade que me define. Vamos superar cada obstáculo, vamos jogar cada jogo como se estivéssemos em uma final, será o renascimento de um gigante. Creia, o meu compromisso é inabalável, o meu amor pelo Santos irá me guiar pra conquistarmos muitas vitórias. Estamos prontos para escrever um novo capítulo na história do futebol, e tenham a certeza de que o nome do Santos irá ressoar em todo o mundo como sinônimo de resiliência, excelência e superação. Aguarde, quem viver, verá.

Maurício Maruca concorre pela primeira vez - Divulgação
Maurício Maruca concorre pela primeira vez – Divulgação

Maurício Maruca (Inova Santos), 66 anos. É conselheiro do clube, formado em administração de empresas, com doutorado em administração pública e gestão ambiental. Possui trajetória profissional no setor público e privado. Fez parte da Comissão de Investigação de Riscos e Perdas do clube, entre 2021 e 2022, que apurou casos como a compra de Leandro Damião.

Qual a principal proposta de seu grupo caso assuma o Santos? Minha principal proposta é trazer ao Santos uma equipe de grandes profissionais, com experiência comprovada em grandes clubes, já anunciados durante a campanha para em cada área levarem o Santos para o lugar de onde o clube nunca deveria ter saído. Junto disso trago um fundo de investimento comprometido com o investimento na equipe e na reestruturação da dívida do Santos FC.

Quais os planos para a Vila Belmiro? Acha possível tirar do papel a nova arena? Sem dúvida é possível e junto com o parceiros faremos isso. O Santos não pode mais sobreviver sem uma arena moderna. Vamos unir nossa equipe, que já participou de projetos semelhantes internacionalmente para, junto com a WTorre, achar o melhor modelo para o clube.

Tem um treinador em mente para 2024? Será um estrangeiro ou um brasileiro? Temos um diretor de futebol com experiência em grande clube que já está pensando nesse nome para 2024. Claro que com o rebaixamento do clube, a falta da Copa do Brasil e da Sulamericana, a realidade do projeto mudou e vamos achar com esse profissional a melhor opçao nao so para treinador como toda a comissão técnica do clube.

É possível prometer em 2024 que o time voltará a brigar por títulos? Sim, teremos investimento para criar no Santos uma equipe de qualidade e vamos trazer o time de volta para a série A já no primeiro ano da gestão. O Santos não pode ficar disputando na parte de baixo da tabela. Não podemos prometer sempre vencer, mas sempre disputar para vencer e o luar que o Santos deve estar

Planeja transformar o Santos em uma SAF? Sim, o futuro do clube passa pelo investimento e pela SAF. O modelo será amplamente discutido com os socios e a melhor opção para o futuro a longo prazo do clube

Quais os planos para a disputa da Série B em 2024? Dá montar um time forte com baixa receita? Sim, como isso já era um cenário possível há algum tempo nossa equipe já tinha feito toda uma preparação, inclusive financeira e de geração de receita para também para esse cenário. Não será fácil, precisaremos do apoio de todos, mas na manhã do dia seguinte eu já entrei em contato com os investidores e com todos da minha equipe e nada mudou neles no projeto para trazer o Santos não só de volta para série A, mas para seus dias de glória.

Marcelo Teixeira busca o sétimo mandato como presidente - Divulgação
Marcelo Teixeira busca o sétimo mandato como presidente – Divulgação

Marcelo Teixeira (Santos grande de novo), 59 anos. É administrador de empresas e advogado.Foi presidente do clube entre 1992 e1993 e, posteriormente, em outros cinco mandatos de 2000 e 2009, momento em que o Santos encerrou um jejum de títulos de 18 anos. É pró-reitor da Universidade Santa Cecília e presidiu o Conselho Deliberativo entre 2018 e 2020.

Qual a principal proposta de seu grupo caso assuma o Santos? Temos cinco pilares de atuação: Gestão profissional/Futebol Vencedor, Base Formadora, Nova Arena e CT, Marca mais Forte e Futebol Feminino.

Quais os planos para a Vila Belmiro? Acha possível tirar do papel a nova arena? A prioridade será dar andamento ao projeto com a W. Torre, e, para isso, já conversamos com o prefeito da cidade, Rogério Santos, e o CEO da W. Torre. Ambos estiveram na Universidade Santa Cecília, no intuito de agilizar o projeto, tanto na Prefeitura, quanto nos demais órgãos. O início e a aprovação do projeto com a W. Torre ocorreram durante a minha gestão enquanto presidente do CD (Conselho Deliberativo).

Tem um treinador em mente para 2024? Será um estrangeiro ou um brasileiro? Ao assumir, faremos uma avaliação mais minuciosa com os profissionais envolvidos e adotaremos as medidas necessárias com muita responsabilidade e transparência. Será necessário fazer um choque de gestão no futebol do Santos.

É possível prometer em 2024 que o time voltará a brigar por títulos? O meu projeto é montar equipes competitivas para honrar as tradições do clube. Qualquer decisão envolvendo o elenco atual será precedida de uma avaliação rigorosa. Temos bons jogadores, mas é inegável que precisaremos reduzir o número atual de atletas que chega a cerca de 50. O critério tem que ser qualidade e não quantidade.

Planeja transformar o Santos em uma SAF? Eu sou a favor da SAF, mas desde que sejam cumpridas algumas condições. SAF não é decisão do presidente, mas sim dos sócios. A SAF por si só não é garantia de modernidade. Não se faz uma SAF para reduzir dívidas, o que seria um atalho. E boa gestão não permite atalhos. SAF é vender parte do futebol do clube. E vender o ativo desvalorizado é uma estratégia equivocada. Se for para um dia virar SAF, o correto é fazer uma gestão responsável, valorizar os ativos do clube e negociar em patamar de valor condizente com o que o Santos vale. Mas com um detalhe importantíssimo: jamais vender o controle do futebol. Autonomia é algo inegociável.

Quais os planos para a disputa da Série B em 2024? Dá montar um time forte com baixa receita? Gestão profissional, o que faltou nos últimos anos. Será necessário fazer um choque de gestão no futebol do Santos. Nenhum dos nossos cinco pilares de atuação será interrompido por causa da queda para a segunda divisão. Se a situação já era difícil, agora ficou dificílimo, é fato. Mas vou usar a minha experiência e liderança para reerguer o Santos. Vou renegociar patrocínios e cotas de televisão. O Santos tem uma marca muito forte e será protagonista na série B, logo, tem um valor diferenciado e vamos lutar por ela. O torcedor pode esperar um time competitivo.

 

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