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COI já admite chance de adiar Olimpíada e dá um mês para anunciar decisão

Pressionado por atletas de todo o mundo, a entidade internacional finalmente começa a tomar ações compatíveis com a severidade da pandemia de coronavírus

O Comitê Olímpico Internacional (COI) deu neste domingo 22 um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão sobre o adiamento da abertura dos Jogos de Tóquio-2020, mas aproveitou para descartar a possibilidade de cancelar o evento. Esta é a primeira vez que a entidade admite publicamente a possibilidade de não começar a Olimpíada na data original de 24 de julho, após a série de manifestações de federações nacionais e internacionais pedindo a postergação do início das competições em virtude da pandemia de coronavírus.

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O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, disse em carta aberta aos atletas que iniciou “conversas com todos os parceiros para estabelecer um balanço rápido do desenvolvimento da situação sanitária e seu impacto na Olimpíada, incluindo um cenário de adiamento”. A manifestação de Bach veio após reunião extraordinária do conselho executivo do comitê, que aproveitou a oportunidade para rechaçar totalmente a possibilidade de não haver a edição japonesa dos Jogos.

“Um cancelamento dos Jogos destruiria o sonho olímpico de 11.000 atletas de 210 comitês nacionais olímpicos, da equipe de refugiados e dos atletas paralímpicos”, finalizou Bach. Entre os diferentes cenários contemplados, o COI deve decidir entre manter o evento nas datas previstas (24 de julho a 9 de agosto) ou adiá-lo em alguns meses – na internet circula um pedido pela realização da Olimpíada nas mesmas datas (entre Julho e Agosto) de 2021.

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O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, reverberou as palavras de Bach, ao defender a postura de revisão adotada pelo COI. “Vidas humanas são mais importantes do que qualquer outra coisa. No presente momento, é vital que todos, incluindo os atletas, fiquem em casa para evitar a disseminação dessa terrível doença que impacta a comunidade global”, afirmou Parsons em um vídeo em inglês divulgado pelo IPC. A Paralimpíada está marcada originalmente para acontecer entre 25 de agosto e 6 de setembro.

Há vários dias, o COI, com sede em Lausanne, na Suíça, tenta acalmar os ânimos em relação à realização dos Jogos de Tóquio, enquanto que o número de mortos pelo coronavírus no mundo se multiplica, em meio a medidas de isolamento da população adotadas em diversos países, afetando cerca de 1 bilhão de pessoas ao redor do globo.

Após o pedido público de adiamento da Olimpíada apresentado pela poderosa federação americana de natação, a USA Swimming, que recebeu o apoio da também influente federação de atletismo dos Estados Unidos, o COI consultou no sábado (21) os diferentes comitês nacionais olímpicos sobre o impacto da crise sanitária sobre a preparação dos atletas.

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Nos últimos dias, outros grandes eventos esportivos anunciaram adiamentos, como a Eurocopa e a Copa América de futebol, que foram remarcadas para 2021. Roland Garros, o Grand Slam de tênis da França, anunciou que passará de maio para setembro deste ano.

(com AFP)

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