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Clubes e FPF resistem a recomendação do MP e descartam parar o Paulista

Entidade sustenta que protocolos são seguros e cita que ligas europeias não sofreram paralisações; alguns clubes aumentam coro temendo prejuízos financeiros

A Federação Paulista de Futebol (FPF) e alguns dos 16 clubes que participam do Campeonato Paulista manifestaram contrariedade à ideia de paralisação do Estadual, recomendado pela procuradoria do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) nesta terça-feira, 9. A entidade, por meio de seu comitê médico, disse em nota estar “embasada por critérios científicos” para continuar a competição.

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“Elogiado por todos os especialistas, o documento veta acesso do público aos estádios, estabelece testes recorrentes aos profissionais dos clubes e limita a quantidade de pessoas envolvidas na organização, fazendo das partidas locais seguros”, disse a FPF em um dos tópicos.

A entidade citou que a nova recomendação “vai na contramão do combate à Covid-19 no mundo”, lembrando que países como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos mantiveram suas ligas em atividade mesmo precisando controlar um crescimento exponencial da doença, com uma segunda onda do vírus.

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“A Federação Paulista de Futebol reitera que não há qualquer argumento científico que sustente a tese de que o futebol profissional gere aumento no número de casos. Pelo contrário, o futebol possui um protocolo extremamente rigoroso, com acompanhamento médico diário e testagem em massa de seus profissionais”, argumenta.

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Os clubes também se pronunciaram sobre o assunto. Questionado pela reportagem, o Santo André também se declarou contrário à recomendação e declarou apoio à FPF. “A única informação oficial está contida no comunicado oficial da FPF. Somos contrários à recomendação do Ministério Público Estadual, acompanhamos inteiramente a FPF. Poucas atividades são tão seguras, no momento, quanto o futebol”, ponderou o presidente Sidney Riquetto a PLACAR.

Em nota, o Guarani também se posicionou declarando que os protocolos “são seguros e suficientes para evitar propagação do coronavírus”. O clube diz que, em caso de paralisação, sofrerá “enormes perdas em todos os aspectos, desportivos, atléticos e, também, financeiros”.

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Até agora, entre os clubes, somente o Santos se declarou totalmente contrário a paralisação do futebol. Em entrevista à Folha de S.Paulo, no dia 4 de março, o presidente Andres Rueda afirmou que “seria prudente, embora doa na carne, entrarmos em um período de paralisação. Suspender o campeonato mesmo”.

O Ministério Público de São Paulo, a Federação Paulista e o Governo do Estado vão realizar uma reunião online, às 10h desta quarta-feira, 10, para definir se haverá a paralisação das atividades ou a disputa do Campeonato Paulista continuará normalmente. A FPF tentará convencer as entidades públicas a não impedir a disputa do torneio. A decisão será do governador João Doria.

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