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Clubes de futebol partem para o ataque contra o coronavírus

O Manchester United se juntou à outras equipes e anunciou um pacote de medidas para ajudar o sistema de saúde inglês

O Manchester United divulgou nesta quinta-feira 9 em suas redes sociais uma série de medidas para ajudar o serviço de saúde inglês (NHS) a combater a pandemia de coronavírus. O clube é um dos mais proativos em doações e ações contra a Covid-19, apesar da perda financeira com a paralisação dos campeonatos europeus, que dificulta o pagamento de jogadores e funcionários.

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O clube de Manchester, segundo nota, colocou sua frota de 16 veículos, com motoristas, à disposição do NHS, além de doar equipamentos médicos, itens de consumo e incentivar seus funcionários a se voluntariar para ajudar o sistema de saúde. Ao contrário do Liverpool, que foi criticado – e voltou atrás – ao tentar afastar seus empregados para inscrevê-los no programa de retenção de empregos do governo, o United garantiu que continuará pagando integralmente o salário dos seus voluntários, mesmo que o trabalho aconteça durante o expediente diário no clube.

Na Europa, o movimento de equipes para ajudar pessoas necessitadas e o próprio sistema de saúde é maior em comparação ao Brasil, onde os clubes estão enfrentando sérios problemas financeiros e dependem muito mais, por exemplo, da renda de partidas para pagar salários. Na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia, Inter de Milão, Milan, Napoli e Juventus lideram a arrecadação de dinheiro, por meio de “vaquinhas” online para ajudar os hospitais locais.

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A Juve, em campanha iniciada em março, conseguiu captar mais de 460 000 euros (cerca de 2,5 milhões de reais) para dar suporte ao sistema de saúde da região de Piemonte, ao norte da Itália. A Espanha foi tão afetada pelo coronavírus quanto à Itália, mas seus principais representantes no futebol, Real Madrid e Barcelona, ainda não divulgaram ações para combater a Covid-19.

A situação no Brasil é mais complicada, pois os clubes ainda negociam a redução salarial de seus jogadores, para conseguir manter as contas em dia com todos os funcionários. As equipes, ao mesmo tempo, tentam ajudar com a visibilidade de suas redes sociais, incentivando as pessoas a cumprirem as recomendações e ficarem em casa. Outros clubes, como Athletico-PR, Bahia, Botafogo, Corinthians, Santos e São Paulo colocam suas instalações à disposição do sistema de saúde, além de utilizá-los para mutirões de doação de sangue, que diminuiu após o início da quarentena. A dupla Gre-Nal também ofereceu suas estruturas para os órgãos públicos e iniciaram “vaquinha” para ajudar a montar 80 leitos de UTI no Hospital Santa Casa, na capital gaúcha.

Em contrapartida, jogadores de futebol do mundo inteiro tentam ajudar seus países com doações milionárias, como Cristiano Ronaldo, Neymar e Lionel Messi. Outros colocam a mão na massa, como Dunga, Tinga, e Andrés D’Alessandro, ídolos do Internacional, que tiveram fotos viralizadas nas redes sociais na última terça, quando os três foram ao bairro de Restinga, em Porto Alegre, para levar 12 toneladas de alimentos a uma distribuidora, que entregará os produtos a entidades filantrópicas.

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