Aproveitar o entrosamento de companheiros de clube é algo recorrente na seleção brasileira em Copas do Mundo. Nos primeiros títulos conquistados pelo Brasil, Botafogo e Santos, as equipes mais vencedoras da época, formavam a base da seleção nacional. Na conquista do tetra, em 1994, quatro são-paulinos faziam parte do grupo – a Copa dos EUA aconteceu no ano seguinte ao bicampeonato mundial da equipe paulista. Nos últimos mundiais, Real Madrid e Inter de Milão foram os times que mais cederam atletas ao Brasil. Na tão aguardada lista de Luiz Felipe Scolari, divulgada na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, o clube que mais apareceu foi o Chelsea, da Inglaterra – David Luiz, Ramires, Oscar e Willian são os representantes da agremiação londrina lembrados por Felipão. A equipe treinada por José Mourinho fez uma temporada irregular, sendo eliminada da Liga dos Campeões pelo Atlético de Madri e chegando à reta final do Campeonato Inglês num discreto terceiro lugar.
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Quatro anos atrás, Dunga usou como base da seleção a Inter de Milão, um clube que, nas semanas que antecederam o Mundial da África do Sul, conquistou o título de campeão europeu, batendo o Bayern de Munique em Madri com três brasileiros: Júlio César, Maicon e Lúcio, todos titulares na eliminação para a Holanda nas quartas de final da Copa. Em 2006, Cicinho, Roberto Carlos, Ronaldo e Robinho formavam o quarteto do Real Madrid na equipe de Carlos Alberto Parreira. Nos dois últimos triunfos brasileiros em Copas, o São Paulo foi a agremiação que mais cedeu jogadores. No penta, em 2002, Rogério Ceni, Belleti e Kaká foram reservas. No tetra, em 1994, Zetti, Cafu, Leonardo e Müller eram os representantes do clube tricolor. Outra curiosidade: sempre que levantou a taça, a seleção contava com pelo menos um atleta de São Paulo e Palmeiras na lista. Desta vez, nenhum dos clubes foram representados.