Segundo ex-cartola, Vitesse, clube ligado aos ingleses, foi ‘proibido’ de vencer
O Chelsea, que sustenta economicamente o clube holandês Vitesse Arnhem, foi acusado por ex-dirigentes da equipe holandesa de manipular o campeonato da Holanda. Merab Jordania, ex-presidente do Vitesse, afirmou em reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal De Telegraaf que a direção do Chelsea proibiu o clube de disputar o título do campeonato holandês. De acordo com o dirigente, de nacionalidade georgiana, a razão era que se o Vitesse conquistasse o título da Holanda a equipe estaria classificada para a Liga dos Campeões – o que traria problemas ao Chelsea, presença frequente na competição. A Uefa proíbe que dois clubes que mantêm uma relação econômica disputem a mesma competição. Vitesse e Chelsea, portanto, não podem jogar a Liga dos Campeões no mesmo ano.
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“O Chelsea assume parte da folha salarial do Vitesse e empresta alguns jogadores. O que conta para o Chelsea é o desenvolvimento desses jogadores e não que o Vitesse seja campeão”, afirmou o ex-diretor técnico do Vitesse, Ted van Leeuwen, segundo a agência ANP. Na atual temporada, o brasileiro Lucas Piazon, Bertrand Traore, Patrick van Aanholt e Christian Atsu estão emprestados pelo time inglês, enquanto Gael Kakuta e Sam Hutchinson permaneceram no clube holandês até janeiro.
O Vitesse, que durante muitas rodadas disputou com o Ajax a liderança da primeira divisão holandesa, venceu apenas três das últimas onze partidas, o que acabou com as chances de título. A equipe dirigida por Peter Bosz ocupa o terceiro lugar, a doze pontos do líder Ajax. No comando do clube está o russo Alexander Tsjigirinski – um empresário associado a Roman Abramovitch, proprietário do Chelsea. O russo classificou as acusações de “mentiras provocadas por inveja”. A Federação Holandesa informou em sua página na internet que deseja “esclarecer as alegações” envolvendo Vitesse e Chelsea.
(Com agência France-Presse)