A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) publicou o SSF (Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira), novo modelo de fair play financeiro que passará a orientar a organização econômica dos clubes brasileiros a partir de 2026. O documento, apresentado inicialmente no CBF Academy Summit, é a primeira tentativa da entidade para reorganizar a estrutura financeira do futebol nacional.
O SSF surge como alternativa a problemas que se tornaram realidade no país: endividamento crescente, atrasos salariais, desequilíbrio estrutural e uso da dívida como instrumento competitivo. A implementação do sistema, porém, exige um a criação da ANRESF (Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol).

Samir Xaud, presidente da CBF – Rafael Ribeiro / Divulgação / CBF
Trata-se de um órgão independente responsável por interpretar o regulamento, monitorar o cumprimento das obrigações e aplicar eventuais sanções. Seus membros (um presidente e seis diretores) são nomeados com base em critérios de integridade e independência, sem vínculo com clubes das Séries A, B e C.
Para participar dessas competições nacionais, os clubes passam a seguir um conjunto de obrigações que valorizam a integridade da informação. Todos os documentos enviados à ANRESF devem ser verificáveis e apresentados em formato digital pesquisável. O regulamento tenta impedir a criação de estruturas artificiais destinadas a ocultar dívidas ou alterar a leitura das contas.
As obrigações de cada clube
O funcionamento do SSF se organiza em torno de cinco exigências. A primeira é o requisito de solvência, que estabelece que clubes não podem manter pagamentos em atraso com atletas, comissões técnicas, funcionários administrativos, ex-funcionários, outros clubes (inclusive parcelas de transferências e obrigações previstas pelo sistema da FIFA), órgãos públicos ou a própria CBF.







