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Caso Fifa: Justiça dos EUA anuncia que mais cartolas serão indiciados

Procuradora-geral Loretta Lynch afirmou que “nenhum indivíduo está acima da lei e nenhuma instituição corrupta está fora do alcance” do FBI

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, concedeu entrevista em Zurique, na Suíça, nesta segunda-feira e anunciou que a investigação sobre o escândalo de corrupção na Fifa foi ampliado. Ela informou que haverá novos indiciamentos e que dirigentes esportivos que ainda não foram citados nos relatórios do FBI serão formalmente acusados nas próximas semanas, a partir das evidências coletadas nos últimos três meses.

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“Expandimos nossa investigação desde maio e poderemos abrir novos casos contra pessoas e entidades”, declarou Lynch. No dia 27 de maio, a pedido dos Estados Unidos, a Justiça suíça prendeu sete dirigentes esportivos em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que aguarda para ser extraditado. Ele é acusado de receber propinas em esquemas envolvendo a venda de direitos da Copa do Brasil (a competição de clubes da CBF) e da Copa América.

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Nomes como o de Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, ex e atual presidentes da CBF, respectivamente, até agora não foram citados nas investigações, mas descrições que poderiam ser preenchidas pelos dois dirigentes fazem parte das acusações publicadas pelo FBI.

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Loretta Lynch alertou que nenhuma instituição ou pessoa ficará isenta do combate à corrupção ou acima da lei. “Com a ação contra a Fifa, deixamos abundantemente claro que procuradores de todo o mundo vão se unir para acabar com a corrupção no futebol e levar os criminosos à justiça, seja onde estiverem, seja qual for a complexidade dos crimes e seja qual for o poder que tenham”, disse Lynch.

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“Nossa mensagem é clara: nenhum indivíduo está acima da lei. Nenhuma organização corrupta está fora do alcance. E nenhum ato criminoso pode escapar de um esforço coordenado de homens e mulheres lutando pela Justiça”, afirmou a procuradora-geral. Ela disse ainda que a ação contra a Fifa foi possível graças a uma coordenação entre o Ministério Público americano e representantes de outros países. “Isso expôs altos funcionários da Fifa, líderes de organizações regionais, empresas que pagaram milhões de dólares por direitos de torneios internacionais”.

Para Michael Lauber, procurador-geral da Suíça, a cooperação internacional é fundamental para lidar com corrupção e crimes de lavagem de dinheiro. “O interesse público é enorme”, disse. No total, 121 contas bancárias foram apontadas como sendo suspeitas e os bancos estão colaborando com as investigações.

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(Com Estadão Conteúdo)

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