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Caso Daniel Alves: jogador divide cela com brasileiro chamado Coutinho

Ele cumpre prisão preventiva no Centro Penitenciário de Brians 2, a cerca de 40 quilômetros de Barcelona, ao lado de homônimo do meia brasileiro

Acusado de estupro e agressão sexual contra uma mulher de 23 anos em uma boate em Barcelona, no último dia 31 de dezembro, Daniel Alves cumpre prisão preventiva no Centro Penitenciário de Brians 2, a aproximadamente 40 quilômetros de Barcelona, e divide cela no local com um outro brasileiro, de sobrenome Coutinho. A informação foi revelada pelo jornal El Periódico, da Catalunha.

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O homem com quem o jogador divide a cela é homônimo de Philippe Coutinho, ex-jogador do próprio clube e, atualmente, no Aston Villa, da Inglaterra.

Detido na última sexta-feira, 20, Alves foi transferido no início da semana do Brians 1, que fica em Sant Esteve Sesrovires, para o Brians 2, penitenciária vizinha considerada mais moderna e maior. A alegação da investigação para a medida é de que o local asseguraria maior segurança ao veterano pelo fato de Brians 2 possuir menos presos por cela.

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Segundo a publicação, ele se encontra no módulo 13 da penitenciária, com outros presos acusados de crimes semelhantes e sem privilégios com relação aos demais detentos. A cela possui cerca de seis metros quadrados.

A apuração do El Periódico diz ainda que ouviu junto a fontes da penitenciária que as autoridades entenderam que seria importante para o estado anímico de Daniel Alves conviver com outras pessoas. Ele foi preso sem direito a fiança

Brians 2 tem 14 módulos comuns onde fica a maior parte dos detentos e 72 celas. Em cada módulo há refeitório, enfermarias, oficinas ocupacionais, academia e quadra.

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O caso

Novas provas sobre o caso Daniel Alves foram reveladas na últimaterça-feira, 24. A política catalã encontrou sêmen no banheiro em que ele teria cometido a agressão sexual, segundo informações do jornal espanhol El Mundo.

O periódico diz que a polícia catalã recolheu o material no banheiro no dia do crime, logo após a vítima relatar ter visto uma mancha branca no local. A polícia então teria conservado o material. 

Ainda segundo o jornal, os resultados dos exames realizados pela vítima seriam insuficientes para comparação e, por isso, o juizado responsável pela investigação pode solicitar a coleta de DNA de Daniel Alves.

Ulises Ruiz
Daniel Alves segue preso e mudou versão três vezes em acusação de agressão sexual –

Na última segunda-feira, o lateral foi transferido de prisão em Barcelona e, de acordo com informações da rádio Cadena SER, teria pedido para dar novo depoimento à justiça. A princípio, ele havia negado qualquer tipo de abuso, afirmou que estava apenas dançando na boate e que nem sequer conhecia a mulher, em entrevista a uma emissora espanhola, dia 5 de janeiro deste ano. 

Depois, no primeiro depoimento à juíza, o jogador da seleção brasileira disse que estava no banheiro quando a mulher entrou, mas que não teve contato algum com ela. Por fim, o jogador, que é casado com a modelo espanhola Joana Sanz, admitiu a relação sexual. 

Nesta terça-feira, uma outra testemunha disse que foi apalpada por Daniel Alves na mesma boate onde teria acontecido o crime. O jornal La Vanguardia teve acesso a depoimentos de testemunhas à polícia – entre elas, uma amiga da vítima que também estava na boate Sutton, em Barcelona, e diz ter sido tocada pelo jogador sem seu consentimento. 

A vítima já avisou que não aceitará qualquer tipo de indenização econômica por parte do jogador e que seu único objetivo é que se faça justiça, segundo fontes ouvidas pelo jornal catalão. 

As investigações seguem em andamento e podem levar a uma punição severa ao brasileiro. Desde 7 de outubro do ano passado, vigora na Espanha a Lei de Garantia da Liberdade Sexual, conhecida popularmente como lei do “só sim é sim”, e diz respeito ao que configura sexo consensual (atual versão defendida por Daniel Alves).

De acordo com o jornal Mundo Deportivo, o ex-jogador de Juventus, Barcelona, PSG e São Paulo, entre outros clubes, pode pegar de um a quatro anos de prisão caso seja condenado por agressão sexual; no entanto, em casos de estupro com violência, como acusa a mulher, a pena pode chegar a 12 anos de detenção.

A denúncia se assemelha ao caso do ex-atacante Robinho, que no no passado foi condenado de forma definitiva pela justiça italiana a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa, ocorrido em 22 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão. O ex-jogador segue vivendo em liberdade em Santos (SP), pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

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