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Casa de ex-presidente da Conmebol em Assunção é cercada pela polícia

Nicolás Leoz, de 86 anos, está entre os dirigentes acusados de corrupção. Governo paraguaio teme que ele “se esconda” da Justiça no prédio da Conmebol

O ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz, recebeu um mandado de prisão domiciliar e teve sua residência em Assunção cercada por policiais nesta terça-feira. Um de seus advogados, Fernando Barriocanal, reclamou do cerco iniciado assim que Leoz deixou a clínica onde estava internado desde quarta-feira passada. “A casa de Leoz está rodeada de policiais, o que dá a impressão de que existe o receio de uma eventual fuga, o que é impensável para uma pessoa de 86 anos, com doenças cardíacas. Ele se sentiu chateado.”

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Na segunda-feira, o juiz Humberto Otazu determinou a prisão domiciliar de Leoz, acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de ter cometido uma série de crimes, incluindo suborno em contratos da Conmebol. De acordo com o juiz, esse é o passo inicial para o ex-dirigente ser extraditado aos Estados Unidos.

Leoz, que presidiu a Conmebol entre 1986 e 2013, estava internado desde 27 de maio com quadro de hipertensão. Devido aos problemas de saúde, ele não estava em Zurique, na Suíça, onde outros sete dirigentes ligados à Fifa foram presos, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Leoz deixou a clínica nesta terça-feira, escoltado por três caminhonetes da polícia paraguaia.

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A Justiça dos Estados Unidos solicitou a prisão preventiva e a abertura de um processo de extradição de Leoz por participação em um esquema de corrupção que envolve vários dirigentes. A legislação paraguaia não admite a prisão de pessoas com mais de 70 anos ou com enfermidades graves. Nesse caso, a determinação é para que, caso a detenção seja considerada necessária, a pessoa seja colocada em prisão domiciliar.

O temor das autoridades, no entanto, é que ele busque refúgio na sede da Conmebol, também em Assunção, que tem caráter inviolável pela lei paraguaia. A polícia não pode cumprir mandados de busca dentro do prédio, o que poderia fazer do local um asilo para Leoz. Os advogados do cartola, entretanto, garantem que ele não se recusa a cooperar com a Justiça.

Policiais vigiam a casa de Nicolás Leoz no Paraguai
Policiais vigiam a casa de Nicolás Leoz no Paraguai VEJA

(Com Estadão Conteúdo)

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