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Carrasco do Corinthians, ‘Canário’ sonha em suceder ídolos Cavani e Suárez

Jovem atacante uruguaio Agustín Álvarez Martínez, destaque do Peñarol na Copa Sul-americana, falou a PLACAR sobre seus sonhos e referências

Agustín Álvarez Martínez vem chamando a atenção do futebol da América do Sul. O atacante uruguaio de 20 anos tem oito gols marcados em oito partidas da atual Copa Sul-Americana pelo Peñarol, tradicionalíssimo clube de Montevidéu. Visado por clubes de todo o mundo, Canário, como é apelidado, concedeu entrevista a PLACAR nesta quinta-feira, 27, e, de contrato renovado até 2024, disse estar vivendo um sonho com a camisa dos Carboneros. Mas sonha alto, especialmente em relação à seleção celeste.

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“Estou muito feliz, jogando para o time do qual sou torcedor. Estar em um bom momento é um bônus, que me deixa muito contente e confiante”, garantiu. Ele estreou pelo Peñarol no ano passado e, em 39 jogos, já marcou 18 gols. Conhecido por sua habilidade, velocidade e oportunismo, Agustín se mostra bastante versátil, uma exigência do futebol moderno. Já soma, inclusive, cinco assistências, número bom para atacantes de centro.

O Uruguai, país com pouco mais de 3 milhões de habitantes, é bicampeão mundial (1930 e 1950) e acostumado a revelar grandes estrelas, especialmente homens de frente. Para Canário, há uma explicação. “Acho que o que nos distingue é a entrega que temos. Os Uruguai, mesmo com tão pouca população, sempre forma jogadores de muito bom nível. E o que temos é a vontade, de nunca se conformar com pouco e não parar de lutar.”

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No radar para atuar pela seleção uruguaia sub-20, Agustín afirma que seu maior objetivo como atleta é vestir a camisa da equipe adulta. Por ser atacante, goleador e uruguaio, fica difícil fugir das comparações com os compatriotas Edinson Cavani e Luis Suárez, ambos com 34 anos, suas referências.

“Cavani e Suárez são monstros há anos. E agora grandes jogadores estão em destaque também, como Darwin Nuñez. Claro, gostaria de ser o substituto da geração. Sei que vai ser duro, mas se um dia a chance me tocar, quero agarrar e conseguir conquistar tudo que eles conquistaram.”

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Agustín é conterrâneo de outro ídolo da seleção, o zagueiro Diego Lugano, ídolo do São Paulo. Daí vem o apelido”canário”, como são chamados os moradores da cidade de Canelones, cuja maioria da população descende das lhas Canárias, na Espanha. “Me chamam assim desde criança, quando cheguei ao Peñarol. Gosto do apelido”, confessa.

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Carrasco, mas admirador de Cássio

Canário comemora gol contra o Corinthians
Agustín Álvarez Martínez do Peñarol celebra um dos gols em Cássio Mariana Greif/Getty Images

O jovem atacante também fez rasgados elogios ao futebol brasileiro, que hoje conta com alguns destaques uruguaios como De Arrascaeta, do Flamengo, e Matías Viña, do Palmeiras. Canário afirmou nunca ter recebido propostas de clube do Brasil, mas não fecha portas. “O futebol brasileiro é lindo, vistoso e competitivo. Obviamente que gostaria de vestir a camiseta de um grande do Brasil”, disse, sem citar um nome em especial.

No mesmo sentido, o atleta nascido no ano 2001 tem Neymar como referência brasileira e se diz muito feliz por ter marcado três gols contra o Corinthians, pela Sul-americana. Reconhecendo a importância do clube paulista, reputa este como uma das maiores façanhas de sua carreira. E fez elogios a sua vítima mais famosa.

“Obviamente conheço Cássio. Lembro dele brilhando na Libertadores, contra o Vasco, Santos e Boca, e no Mundial, contra o Chelsea. Por isso fico ainda mais contente de fazer três gols contra um goleiro de alto nível”, disse Agustín.

Agustín Álvarez ressalta estar no Peñarol desde chico e que visa fazer história pela equipe pentacampeã da Libertadores. Porém, a elite europeia também é um objetivo. “Como muitos uruguaios,  gostaria muito de jogar no futebol europeu. Mas temos que aguardar, fazer bom trabalho e esperar que surja possibilidade, para, assim, avaliar.”

Alvarez Martinez (centro) celebra gol contra o River do Paraguai, pela Sul-Americana
Alvarez Martinez (centro) celebra gol contra o River do Paraguai, pela Sul-Americana Norberto Duarte/AFP

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