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Capitão do Liverpool convoca reunião entre atletas para debater Superliga

Jogadores de diversos times ficaram surpresos e incomodados com o anúncio; técnico Jürgen Klopp se uniu a protestos da torcida e criticou liga independente

A criação da Superliga Europeia por parte de 12 dos clubes mais ricos do mundo caiu como uma bomba em todo o continente, especialmente na Inglaterra. Os estádios das equipes britânicas envolvidas, especialmente de Manchester United e Liverpool, clubes historicamente ligados às classes trabalhadoras, têm sido alvo de protestos. A notícia também incomodou e surpreendeu os atletas. Nesta terça-feira, o meia Jordan Henderson, capitão do Liverpool, convocou os capitães das outras equipes da Premier League para tratar do assunto em uma reunião de emergência.

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Segundo informações do tabloide Daily Mail, Henderson, jogador da seleção inglesa e uma figura bastante respeitada no meio, deverá liderar uma resposta conjunta dos atletas diante da polêmica. A cúpula ganha grande relevância, pois incluirá representantes dos seis clubes que fazem parte da Superliga (United, Liverpool, Manchester City, Arsenal, Chelsea e Tottenham) e também aqueles possivelmente prejudicados com a realização do torneio, que pode “implodir” a Liga dos Campeões.

A reunião deve discutir qual posição os atletas devem tomar. Ainda segundo a reportagem, no último domingo, 18, atletas estrelas do Manchester United e seu treinador, Ole Gunnar Solskjaer, ficaram extremamente incomodados ao ter de responder sobre a confusão da qual nem sequer tinham conhecimento, após a partida contra o Bunrley (o anúncio da Superliga ocorreu durante a partida). O grupo chegou a convocar uma reunião de emergência com o vice-presidente executivo, Ed Woodward, para tratar do tema.

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Segundo o diário The Times desta terça-feira, 20, ao menos um clube britânico não revelado já considera deixar o grupo devido aos protestos de seus torcedores.

Críticas de Klopp e Guardiola 

Soma-se à confusão as declarações de Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, que manteve a mesma postura de anos atrás e se disse contrário a posição dos chefes, em entrevista na última segunda-feira, 19. “Minha opinião não mudou. Soube disso ontem, eu estava tentando preparar o time para um jogo difícil. Recebemos algumas informações, não muitas, a maioria dos jornais. Os torcedores não estão felizes com isso, eu posso entender. Não posso dizer muito mais porque não estivemos envolvidos no processo, eu e os jogadores não sabíamos. Teremos que esperar para ver o que vai acontecer”, iniciou.

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“Tenho 53 anos. Desde que estou no futebol profissional a Liga dos Campeões também está. Meu objetivo sempre foi treinar uma equipe na Champions, Não tenho problemas com ela, gosto do aspecto competitivo do futebol. Gosto que o West Ham possa jogar a Liga dos Campeões. Não quero que isso aconteça esse ano, pois competimos pela vaga com eles, mas gosto de saber que eles têm chance. O que posso dizer? Não é fácil”, completou Klopp.

O técnico Pep Guardiola, do Manchester City, também se posicionou contrário ao formato com 15 equipes fixas. “Para mim, não se trata de esporte quando não existe a relação entre esforço e sucesso. Não é esporte, quando o sucesso está garantido, quando está tudo bem se você perde”, afirmou o treinador catalão, que ainda deixou claro o seu desconforto. “Não somos as pessoas certas para responder. Os presidentes podem falar de forma mais clara sobre como vai ser. É desconfortável para nós, pois não temos todas as informações.”

Faixas são colocadas do lado de fora de Anfield, estádio do Liverpool, por torcedores em protesto contra sua decisão de ser incluído entre os clubes que tentam formar uma nova Superliga -
Faixas são colocadas do lado de fora de Anfield, estádio do Liverpool, por torcedores em protesto contra sua decisão de ser incluído entre os clubes que tentam formar uma nova Superliga Peter Byrne/Getty Images
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