Botafogo não libera estádio para final da Taça Guanabara
Clube negou o uso do Estádio do Engenhão em represália à comemoração de Vinícius Junior, do Flamengo, na semifinal entre as duas equipes
A polêmica comemoração de Vinícius Júnior, ao marcar o último gol do Flamengo na vitória por 3 a 1 para cima do Botafogo, ainda segue dando o que falar. Em busca de um estádio para disputar a final da Taça Guanabara contra o Boavista, os rubro-negros viram a equipe botafoguense não liberar o Estádio Nilton Santos para a disputa.
De acordo com um comunicado oficial emitido pelo Botafogo nesta terça-feira, a decisão de barrar o Engenhão para o confronto decisivo do primeiro turno do Campeonato Carioca é única e exclusivamente baseada na comemoração de Vinícius Júnior.
Ao celebrar o tento que decretou a vitória do Flamengo diante do rival, o futuro atacante do Real Madrid fez um sinal com as mãos que simbolizava um choro. Tal comemoração remete ao “chororô”, que os adversários do Botafogo no Rio de Janeiro utilizam para provocar a torcida do clube.
A discussão ao redor da polêmica comemoração segue a todo vapor. Enquanto alguns jogadores, como Neymar, defendem Vinícius Júnior e afirmam que “o futebol está chato”, outros atletas, como Jô declarou nesta terça-feira, pregam o respeito nas celebrações de gol.
Confira a nota oficial do Botafogo:
“O Botafogo de Futebol e Regatas informa que a final da Taça Guanabara, entre Boavista e Flamengo, não será realizada no Estádio Nilton Santos. Cabe esclarecer que:
1 – A decisão de não haver o jogo não foi motivada pelo valor estabelecido no Arbitral. O valor havia sido decidido e aprovado por todos os Clubes presentes, inclusive o Botafogo;
2 – A decisão foi tomada unicamente em função da comemoração de gol do atleta adversário, praticando – no entendimento dos botafoguenses – desrespeito à Instituição Botafogo, que é representada pelos seus atletas, sócios e torcedores;
3 – Passaram-se os dias e até hoje não houve uma manifestação, quer do jogador, quer do clube, se retratando do episódio. Pelo contrário, repercute ainda mais o gesto;
4 – Este jogador é empregado do clube adversário e, como tal, deve respeitar a ética profissional.
5 – O fato deve ser analisado muito bem. Um ato deste tipo pode provocar a violência entre os jogadores e torcedores. Queremos a paz e o respeito dentro e fora de campo.”