Boca pede suspensão da final e Conmebol adia partida mais uma vez
Clube alega que não teria as mesmas condições do adversário; nova data ainda será definida
O Boca Juniors formalizou um pedido à Conmebol para que a final da Libertadores fosse suspensa e horas depois foi atendido pela entidade neste domingo, 25. Inicialmente, o jogo estava marcado para o sábado 24, mas foi adiado devido a ataques de torcedores do River Plate ao ônibus do rival, nos arredores nos arredores do Monumental de Núñez. O Boca considerou que não haveria “condições de igualdade” se a partida fosse realizada neste fim de semana, já que alguns de seus jogadores ficaram feridos.
O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, atendeu ao pedido do time argentino e adiou mais uma vez a partida decisiva. Ele afirmou que haverá uma reunião com os presidentes dos clubes na próxima terça-feira, na sede da entidade no Paraguai, para definir a nova data.
“O Boca Juniors realizou uma apresentação formal diante da Conmebol para solicitar que a final da Libertadores possa ser disputada em condições de igualdade, tal como acordaram os presidentes da entidade sul-americana, do Boca e do River, na ata que firmaram no sábado, no Monumental”, divulgou o clube em comunicado.
O Boca considera que chegaria para a partida em condição inferior à do adversário. Não bastasse o trauma sofrido pelos ataques de sábado, 24, o time provavelmente não contaria, por exemplo, com seu volante e capitão Pablo Pérez, que sofreu uma lesão no olho por causa do apedrejamento. Além da suspensão da partida, o Boca também requisitou que o River seja punido de acordo com o artigo 18 do Regulamento Disciplinar da Conmebol, que prevê de multas e advertências até o fechamento do estádio e a desqualificação do clube.
“Pelos acontecimentos nas imediações do estádio, após constatar a magnitude e gravidade dos mesmos e as consequências que geraram no elenco, o Boca considera que estas condições de igualdade não estão dadas e solicita a suspensão da partida, assim como as aplicações previstas no artigo 18, para que a Conmebol atue em consequência”, apontou.
No sábado (24), o ônibus que levava o Boca foi apedrejado nas cercanias do estádio, o que provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores: Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo.
Ídolo do futebol argentino, Maradona culpou o presidente Mauricio Macri pelos ataques ao time de futebol. “O presidente enganou muita gente que ia mudar isto e estamos pior que tempos atrás. O que Macri está fazendo é o pior de todos os tempos na Argentina. É um terror sair na rua, há roubos por todos os lados, mas esta é a mudança votada pelo povo”, disse o ex-jogador em entrevista coletiva.
(Com Estadão Conteúdo)