Barcelona confirma que venderá naming rights do Camp Nou
Em má fase esportiva e financeira, clube catalão apresentou detalhes do projeto para reformar o tradicional estádio
Um dos principais pontos turísticos da Catalunha ganhará novos ares. O Barcelona anunciou detalhes do projeto da reforma do estádio Camp Nou e confirmou a venda de “naming rights” (direito de nome comprado por uma empresa para o estádio) de sua nova casa, nesta quarta-feira, 1. A ideia faz parte do projeto Espai Barça, que transformará todo o complexo esportivo do clube, atraindo eventos e shows internacionais.
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A esperança da diretoria é, com a conclusão das obras, alcançar uma receita adicional de 200 milhões de euros (1,27 bilhão de reais), podendo chegar até em 400 milhões de euros (2,5 bilhões de reais) em caso de venda do nome do estádio. A decisão que coincide com auge da crise financeira impulsionada pela pandemia do novo coronavírus, é relevante e controversa, pois se choca com tradições do clube – até meados dos anos 2000, Barcelona nem sequer ostentava patrocínio em seu uniforme.
De acordo com o CEO do Barcelona, Ferran Reverter, o clube pedirá um crédito de 1,5 bilhões de euros (9,5 bilhões de reais), com mais de metade destinado ao Camp Nou, a ser pago em 35 anos com uma taxa de juros que dependerá do mercado. Inicialmente, a previsão para começar as obras é no próximo verão europeu, metade do ano de 2022. A estimativa para o fim das construções do novo estádio é em 2025. O Palau Blaugrana, ginásio multiuso, e o campus esportivo não têm a mesma projeção.
O presidente Joan Laporta explicou durante a coletiva que a modernização chega com atraso ao Barcelona. “Fazemos agora porque estamos com mais de 15 anos de atraso. Em 2003 já estava proposto. O clube já recebeu muito dinheiro, mas praticamente nada foi para transformar nossa estrutura. Queremos desenvolver projetos futuros. O importante é ter um grande projeto, nós iremos buscar o dinheiro”.
O Barcelona divulgou também que durante o primeiro ano de obras, os jogos poderão ser mandados no Camp Nou. No entanto, no segundo ano, as estruturas serão mexidas e o clube deve atuar no Estádio Olímpico de Barcelona. Os dois últimos anos de reforma serão similares ao inicial.