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Atletas punidos por doping devem se beneficiar com adiamento da Olimpíada

Agência Mundial Antidoping (Wada) afirma que não pode estender suspensões e nem escolher quais competições os esportistas flagrados podem competir

O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio pode ter um efeito colateral controverso: os atletas suspensos pelo uso de substâncias proibidas terão uma segunda chance. Afinal, suas punições por doping podem caducar até a nova data de competições classificatórias para o evento esportivo mais importante do mundo. A Agência Mundial Antidoping (Wada) confirmou a VEJA que não pode interferir nas punições e, caso o período probatório termine mesmo antes da Olimpíada, não poderá impedir nenhum atleta de voltar a competir.

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“Os períodos de inelegibilidade impostos pelo Código Mundial Antidopagem têm tempo estabelecido e incluem todas as competições que ocorrem durante esse intervalo. Não há nenhuma disposição no Código que permita escolher períodos em que o atleta tenha mais ou menos eventos para competir. Como um atleta não pode escolher quando ele gostaria de estar inelegível, a Wada também não pode”, confirmou a entidade.

Na prática, os atletas suspensos que tiverem suas punições encerradas a tempo de disputar os eventos de classificação para os Jogos Olímpicos e, caso consigam a vaga, poderão participar da competição em Tóquio sem restrições.

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A remarcação do início da Olimpíada de Tóquio pode acabar por beneficiar o Brasil, inclusive, na disputa do quadro de medalhas. Medalha de ouro na Rio-2016 na categoria até 57 quilos, a judoca Rafaela Silva está suspensa até agosto de 2021 pelo uso de fenoterol, um broncodilatador normalmente utilizado por pessoas com problemas respiratórios. Os advogados da atleta ainda tentam diminuir sua pena em seis meses, o que a deixaria apta a lutar a partir do ano que vem.

Outra atleta pode ter tempo suficiente para a disputa da vaga olímpica é a tenista Bia Haddad Maia, cujo gancho por ter sido flagrada com uma substância anabolizante no organismo acaba agora em Maio. Bia chegou a figurar entre as 100 principais tenistas do mundo antes da punição. Para ir a Tóquio, a brasileira precisa ficar estar entre as 56 melhores do ranking mundial até a data estipulada pela Federação Internacional de Tênis.

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